quinta-feira, 3 de novembro de 2016
JANTAR DO VOLEIBOL
Um erro de edição fez com que aparecesse neste blog - sem que eu o percebesse de imediato - uma foto do JANTAR DO VOLEIBOL realizado nos anos 90. Motivo de muitas recordações e imensas saudades dos que já se foram. Como meus amigos Bené, Gelson e Delano, em primeiro plano na foto. Também uma oportunidade para lembrar que em 8 de dezembro o evento voltará a acontecer, como nos duas últimos 24 anos, reunindo os jogadores de voleibol do Rio de Janeiro que abrilhantaram nossas quadras nos anos 50, 60 e 70, dando muitas vitórias aos seus clubes e às seleções do Estado e do Brasil. Atletas dos tempos do amadorismo, que jogavam por amor ao voleibol e a seus clubes, muitas vezes com sacrifício de seus estudos e de suas carreiras profissionais. Nesse grupo, de muitas conquistas, repousam as bases do voleibol que temos hoje, vitorioso, ostentando uma justa hegemonia mundial. Inclusive os dirigentes que levaram nosso esporte da rede a essa posição ímpar, no panorama mundial, foram jogadores naquela época: Nuzman e Ary. O jantar será no Clube Monte Líbano e são esperados 100 atletas dos anos dourados do Rio de Janeiro.
quarta-feira, 2 de novembro de 2016
LIÇÕES ELEITORAIS DE 2016
Espantei-me ao ver, no canal de notícias de maior audiência
da TV por assinatura brasileira, que um comentarista político, cometendo erro
crasso, somava percentuais de abstenções (referidos ao número total de
eleitores inscritos) com percentuais de votos nulos e brancos (relativos aos
eleitores que compareceram à votação) para quantificar a proporção dos que
denominava de “desiludidos da política”. Sinal de que nossa TV ainda tem muito
a progredir tecnicamente e nosso sistema educacional precisa melhorar enormemente sua qualidade,
especialmente em matemática. E indicativo, também, da explícita ansiedade de parte daquela equipe em diminuir o valor do pleito
municipal – talvez por não terem gostado dos seus resultados -, superestimando o desinteresse do eleitorado em
escolher um determinado candidato. Menos mal que outro participante do time de
comentaristas, mais ilustrado, corrigiu o erro evidente.
Estatística ainda é uma ciência indecifrável para a maioria
esmagadora dos brasileiros, inclusive para muitos portadores de diplomas
universitários. O que é uma pena, pois
alguns de seus aspectos são de interesse básico para o cotidiano de todos os
viventes. Noções das teorias das probabilidades e dos erros, a percepção da
significância relativa dos valores etc
são extremamente úteis para a tomada de decisões corriqueiras de nossa
existência. Talvez seja, por essa debilidade generalizada, que os institutos de pesquisa de opinião errem
tanto e tão impunemente em suas previsões eleitorais, prejudicando a boa prática democrática, sem que nada
aconteça e ninguém proteste.
Em sua analogia entre a estatística e o biquíni, Roberto
Campos já nos prevenia sobre os cuidados a tomar na análise dos números. E nas
últimas eleições essa prudência cabe perfeitamente. Comentaristas falavam dos
elevados percentuais de abstenção sem fazer duas considerações pertinentes: a
primeira, que em Municípios que não realizaram recadastramento dos eleitores em
2016 há um grande número de mortos incluídos dentre os aptos a votar; a
segunda, que em Municípios de população envelhecida (como é o caso do Rio de
Janeiro), o fato de pessoas de 70 anos e mais de idade não serem obrigadas a votar adiciona mais um “bias” evidente na
aferição do percentual de abstenções.
É lugar comum a observação de que “o brasileiro não sabe
votar”. Tenho outra hipótese, baseada nos resultados das eleições municipais de
2016 e cotejando-as com as de 2014, pois agora os brasileiros votaram acertadamente
e mandaram o PT para o espaço... Minha hipótese é que o nosso eleitor é
facilmente iludido pelas mentiras, pela demagogia populista e assim por diante.
Quem acha que sabe votar muito racionalmente que atire a primeira pedra! Jânio,
Collor, Lula e Dilma enganaram muitos milhões, inclusive das classes que se
denominam “esclarecidas”!
Em 2014 abordei esse tema pouco antes das eleições, no blog
intitulado “ECONÔMICO X SOCIAL”, prevendo o voto fisiológico dos muitos milhões
de beneficiários dos programas sociais, enganados pelos agentes do PT - que
espalharam boatos de que o programa Bolsa Família seria extinto caso Dilma
fosse derrotada no pleito presidencial. Pobres e miseráveis só podiam votar
como votaram, reelegendo quem lhes pagava a mesada indispensável à
sobrevivência. Não votaram mal: foram enganados. Agora deram o troco,
consciente e esclarecido.
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