Felizmente, meus prognósticos otimistas sobre a evolução do
emprego em nosso país se confirmam (ver meu blog de 16 de março de 2017,
intitulado OTIMISMO BEM EMPREGADO): os resultados da PNAD Contínua para o
2º.trimestre de 2017 (abril-maio-junho de 2017) não deixam dúvidas de que as estatísticas do mercado de trabalho melhoram
visivelmente e refletem a retomada,
ainda que tímida, do desenvolvimento econômico brasileiro.
Ao mesmo tempo, desmentem não só as previsões dos denominados
“especialistas” domésticos mas também as
da OIT (Organização Internacional do Trabalho)
e do FMI (Fundo Monetário Internacional): todos, com ampla divulgação da
mídia aparelhada, anunciaram insistentemente que só em 2018 o Brasil começaria
a normalizar seu mercado de trabalho. E batiam na tecla de que “o mercado de trabalho seria o último a se
recuperar...”
Como já expliquei anteriormente, o Brasil, antes da
aprovação da Reforma Trabalhista, tinha uma particularidade extremamente
negativa: aqui, admitir um empregado era certamente caro e demiti-lo ainda mais
oneroso e até de custo imprevisível! Daí a defasagem tão repetida e que perdeu sentido a partir do anúncio da modernização
da CLT pelo Governo Temer.
A PNAD Contínua do 2º. Trimestre mostra que a população
ocupada cresceu 1,5% em relação ao trimestre anterior, subindo de 88.947.000
para 90.236.000 trabalhadores: salto significativo de 1.289.000 novos
participantes ativos do mercado de trabalho. Ao mesmo tempo, a taxa de
desocupação caiu para 13,0%, atingindo 13.486.000 trabalhadores. No primeiro
trimestre de 2017 a taxa de desocupação era 13,7%, infelicitando 14.176.000
trabalhadores. Assim, no período de três meses, a desocupação caiu 5% e 690 mil
brasileiros saíram desse sufoco infernal e voltaram a trabalhar, recuperando seu espaço na economia.
Embora os pessimistas insistam na tecla que houve um aumento da informalidade
(390 mil trabalhadores por conta própria a mais no trimestre), o resultado é
muito positivo. Nesses períodos, de transição da crise para a normalidade econômica,
é natural um certo aumento da informalidade
que pode até mostrar-se benéfica: o conta própria, muitas vezes, se torna um empreendedor
criativo, motor potente das economias capitalistas.
Tudo isso ocorreu dentro de um panorama normal de
recuperação econômica e inclusive nossa força de trabalho aumentou no trimestre
de 103.123.000 para 103.722.000 participantes, enquanto a população de 14 anos
e mais de idade, fora de atividade, permaneceu praticamente igual, passando
64.413.000 para 64.415.000 inativos.
É natural que ainda tenhamos que enfrentar oscilações, mas com o advento da Reforma Trabalhista as
perspectivas são promissoras. No segundo semestre a Indústria potencializará os demais setores.
Um amigo meu, grande gozador, diz que em breve a taxa de desemprego estará ainda mais baixa que a popularidade do Governo Temer.
Verdade: é quase impossível ser reformista e popular ao mesmo
tempo, especialmente em países com educação de qualidade duvidosa e cujo eleitorado é facilmente seduzido pelas promessas mentirosas dos políticos populistas de plantão.