domingo, 20 de março de 2016

ESTACIONANDO NA VAGA DO DESEMPREGO

A situação do mercado de trabalho brasileiro é crítica e tende a agravar-se ao longo de 2016, enquanto persistirem as crises de fundo político, a falta de confiança e a concomitante deterioração da  economia do país. No Brasil como um todo há mais de 10 milhões de desempregados; em 2015, cresceu em 1 milhão o número de novos  informais desesperados, com rendas muito baixas, provenientes de uma perda de empregos formais que superou 1,5 milhão nos últimos 12 meses.
A PNAD Contínua do último trimestre de 2015, catastrófica - mas que ainda vai piorar - trouxe porém  uma boa notícia para o caso específico da Cidade do Rio de Janeiro, em que foi registrada a  taxa de desocupação de  5,2% - a menor dentre todas as Capitais do país. É claro que essa posição privilegiada do Município se deve às suas concorridas festividades de fim de ano e às obras e demais preparativos  para as Olimpíadas e Paraolimpíadas que se realizarão em agosto e setembro de 2016.  Em fins de dezembro e em janeiro houve muitas demissões e a taxa já aumentou um pouco. Mas a grande inquietação dos cariocas está no futuro e se refere ao período posterior  à realização daqueles eventos esportivos  e da extensão de seus efeitos - que ainda perdurarão por algum tempo. A principal pergunta talvez seja:  a cidade tornar-se-á um polo turístico de dimensão mundial após essa fabulosa janela de oportunidades que as competições esportivas lhe propiciaram?
Creio que as Olimpíadas serão um sucesso, que o Rio de Janeiro vai brilhar e que serão criadas condições para a continuidade do fluxo turístico. Ainda mais que com o real desvalorizado  o Brasil tornou-se barato para os turistas em geral. De todo modo, há muitos fatores condicionantes em jogo e essas expectativas podem malograr. Para evitar um colapso econômico como o que assola o Estado do Rio de Janeiro, a cuja gestão faltou planejamento, toda cautela é desejável.
Preocupa o fato de parecer que a Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, pelo menos aparentemente, não faz essa mesma leitura. Caso a administração municipal consultasse o CAGED, levantamento do Ministério do Trabalho,  verificaria que o Município perdeu 82.705 empregos de carteira assinada ao longo do ano de 2015 e que em janeiro de 2016 aí desapareceram mais 14.505 postos de trabalho, mantendo a tendência de colapso da oferta no mercado laboral. Em 13 meses, o Rio  perdeu  97.210 empregos formais. Somados os resultados de  2013 e 2014, o Município havia criado 70.751 postos de trabalho com carteira assinada e assim já regrediu para o nível de emprego de 2012, embora a população continue crescendo e principalmente os jovens amargando uma enorme taxa de desocupação.
Em momentos como o atual, um bom gestor público deve refletir profundamente sobre suas escolhas de investimento, evitando medidas que reduzam a oferta de trabalho. Ao contrário, suas opções devem ser sempre a favor da criação de empregos. Infelizmente, a Prefeitura do Rio de Janeiro está lançando um edital para instalar parquímetros na cidade, ameaçando com a desocupação 5 (cinco) mil trabalhadores que operam os estacionamentos da CET-Rio. Nestas alturas, privar mais cinco mil famílias de suas modestas rendas será um desastre social de grande impacto.
Esse negócio deve ser bem acompanhado pela opinião pública pois envolve muitos aspectos discutíveis.

Como bom e velho carioca, vou fazer uma previsão sombria, a qual poderá ser checada se o projeto resultar. Como parquímetro não toma conta de carro, só engole o dinheiro, nós, motoristas, vamos pagar duas vezes pelo estacionamento: uma vez para a companhia que vai explorar os equipamentos e a outra para o tradicional “flanelinha” que surgirá do nada e vai sussurrar em nosso ouvido que naquele local “estão arranhando tudo que é carro, doutor...”

terça-feira, 8 de março de 2016

POPULISMO: O FLAGELO DO POVO BRASILEIRO

O desastre da economia brasileira (PIB negativo de 3,8% em 2015) se explica pela supremacia da República Sindicalista que assumiu o poder em nosso país desde 2003. Praticando o populismo mais desenfreado, os petistas corromperam e mentiram desde a primeira hora, conduzindo o país para o abismo e infelicitando principalmente os mais pobres. Exatamente aqueles que os populistas diziam querer beneficiar e que apenas enganavam, em busca de seus votos. O processo de alienação, conduzido pelo populismo, está perfeitamente descrito no vídeo, com simplicidade e clareza, por Gloria Alvarez, representante da Guatemala no Parlamento Iberoamericano, reunido em Zaragoza



VIAGEM AO PASSADO

O Irã está na moda e minhas recordações daquele país mais vivas do que nunca... Estive no Irã em 1976, para participar da Conferência In...