quarta-feira, 17 de maio de 2017

UM BALANÇO DAS FRAUDES NO GOVERNO DO PT

Em setembro de  2016 escrevi um blog intitulado “Falta o Livro Negro do Governo do PT”. 
Nele, critiquei o Governo Temer pelo fato de não ter elaborado e divulgado amplamente, em  um documento acessível ao grande público, os graves problemas nacionais encontrados ao iniciar sua gestão. Problemas herdados dos anos de desmandos das administrações de Dilma e Lula e que - eu acreditava – iriam ser colocados mais tarde na conta do novo Presidente, pelos próprios políticos e adeptos do PT, PSOL, REDE e similares, aproveitando-se da falta de informação e da ingenuidade da maior parte do povo brasileiro.
Não deu outra e aqui e ali já são atribuídas a Temer as mazelas fabricadas, em verdade,  por Lula e Dilma. Se o Governo Temer tivesse uma Comunicação Social apenas razoável, o tal Livro Negro do PT teria saído e talvez a impopularidade do atual Presidente não estivesse nas alturas!
O fato é que o tempo passou e tempo é algo não renovável, embora perdure  infinitamente...
Agora, na mesma linha, tenho outra sugestão, relacionada a outra característica perniciosa, comum aos Governos Lula e Dilma: a tolerância com a fraude. Hoje mesmo foi divulgado um número estarrecedor: 80% das licenças médicas do INSS foram consideradas indevidas quando mais de 100 mil beneficiários foram submetidos à perícia do órgão. Só nesse quesito vai haver uma economia de 2 bilhões de reais por ano!
Em maio de 2015 postei um blog intitulado “PELA QUALIDADE DO GASTO PÚBLICO”,  no qual aplaudia o Ministério da Fazenda (cujo titular era Joaquim Levy) pela criação de um sistema de avaliação da qualidade do gasto público - medida essencial  para evitar, em 2015, a repetição do incrível rombo financeiro do Governo Dilma em  2014.
Adicionei uma opinião que agora, dois anos depois, é mais válida do que nunca:
“O primeiro passo, prioritário, para reduzir gastos em geral consistirá sempre no combate à fraude, que campeia em vários programas do Governo Federal, como resultado de vários anos de cumplicidade/desídia dos gestores, mais interessados em criar “currais eleitorais” do que na eficiência, eficácia e efetividade de projetos e atividades financiados pelos cofres públicos. ........
Em tese, atividades e projetos que recebem dinheiro a fundo perdido (que não precisa ser devolvido) e que não exigem contrapartida financeira dos beneficiários, são os mais sujeitos à transgressão, pois o custo da fraude é zero. E proliferam, especialmente se a seleção dos beneficiados depende de declaração apresentada pelo próprio interessado,  por exemplo,  de uma certa renda mínima (caso do PROUNI e do Bolsa Família - BF) ou se depende de prova de  idade do interessado (como Benefício de Prestação Continuada - BPC para idosos sem renda e a Aposentadoria por Idade do INSS).  Quando o critério envolve contagem de tempo – de contribuição previdenciária, por exemplo – a fraude também é relativamente frequente.
Em todos os casos, porém, é bom ressaltar: o fraudador geralmente  encontra, do outro lado do guichê, um agente público conivente ou desinteressado de identificar a fraude.
O ilícito também é facilitado quando o recebimento do benefício é feito por meio de cartão magnético, em caixas eletrônicos, caso do BF, do BPC e do INSS - o que permite que terceiros se apropriem, por exemplo, do dinheiro de  aposentados/pensionistas/ beneficiários já mortos.
A arma mais eficaz para combater a fraude, na maioria desses casos, é o recadastramento periódico dos inscritos  .....................................................................................................
Outra fraude teoricamente inacreditável, mas que ocorre com recursos repassados  a fundo perdido e sem contrapartidas monetárias, acontece simplesmente pela não realização da atividade ou do projeto contratado. A proliferação indiscriminada de programas cujas verbas são entregues  a ONGs para execução, sem a devida supervisão, é a principal fonte desse crime, que acarreta um trabalho insano aos  Tribunais de Contas, impossibilitados de universalizar sua fiscalização, em um país de dimensões continentais e com infraestruturas de transportes e comunicações ainda muito precárias. A fiscalização por amostragem tem enormes limitações e pode ser previsível para infratores influentes e principalmente bem informados. Os Ministérios da Educação e do Trabalho foram e são, tradicionalmente, um campo fértil para esse e outros tipos de fraude. O MEC, porque viveu um período de verbas abundantes, gastas sem critério técnico, com o único intuito de conquistar a Prefeitura de São Paulo. O MTE, porque afinal de contas estamos em plena República Sindicalista e temos todos que pagar "pedágio"  e imposto sindical aos pelegos de plantão. Programas culturais, de qualificação profissional, iniciação esportiva, educação de jovens e adultos, saúde preventiva e educação sanitária, bem como  de ações comunitárias diversas, são alvo fácil dessas atividades criminosas.”
Infelizmente, todas essas fraudes que eu apontava como provavelmente praticadas nos governos do PT, sob os olhos complacentes das autoridades, ocorriam realmente e têm  sido detectadas e coibidas pelo Governo atual. O problema é que as notícias dessas  constatações chegam ao público gradualmente, à medida que as correções vão sendo efetivadas em cada programa.  São manchetes sem impacto maior na opinião pública.
A transparência dos gastos públicos - que as democracias exigem – aconselharia que o Governo Federal, nestas alturas, elaborasse um documento revelando as fraudes encontradas, herdadas dos antecessores Dilma e Lula, consolidando inclusive as verbas desperdiçadas com essas práticas condenáveis. Seria UM BALANÇO DAS FRAUDES  NO GOVERNO DO PT!

Não se deve afastar, também, a responsabilização dos gestores desidiosos, os quais deram graves prejuízos ao Brasil. O Governo Federal tem esse dever para com o povo brasileiro!

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