sexta-feira, 28 de julho de 2017

SALVE! SIGNIFICATIVA QUEDA DO DESEMPREGO NO BRASIL!

Felizmente, meus prognósticos otimistas sobre a evolução do emprego em nosso país se confirmam (ver meu blog de 16 de março de 2017, intitulado OTIMISMO BEM EMPREGADO): os resultados da PNAD Contínua para o 2º.trimestre de 2017 (abril-maio-junho de 2017) não deixam dúvidas de que  as estatísticas do mercado de trabalho melhoram  visivelmente e refletem a retomada, ainda que tímida, do desenvolvimento econômico brasileiro.
Ao mesmo tempo, desmentem não só as previsões dos denominados “especialistas” domésticos  mas também as da OIT (Organização Internacional do Trabalho)  e do FMI (Fundo Monetário Internacional): todos, com ampla divulgação da mídia aparelhada, anunciaram insistentemente que só em 2018 o Brasil começaria a normalizar seu mercado de trabalho. E batiam na tecla de que  “o mercado de trabalho seria o último a se recuperar...”
Como já expliquei anteriormente, o Brasil, antes da aprovação da Reforma Trabalhista, tinha uma particularidade extremamente negativa: aqui, admitir um empregado era certamente caro e demiti-lo ainda mais oneroso e até de custo imprevisível! Daí a defasagem tão repetida e que  perdeu sentido a partir do anúncio da modernização da CLT pelo Governo Temer.
A PNAD Contínua do 2º. Trimestre mostra que a população ocupada cresceu 1,5% em relação ao trimestre anterior, subindo de 88.947.000 para 90.236.000 trabalhadores: salto significativo de 1.289.000 novos participantes ativos do mercado de trabalho. Ao mesmo tempo, a taxa de desocupação caiu para 13,0%, atingindo 13.486.000 trabalhadores. No primeiro trimestre de 2017 a taxa de desocupação era 13,7%, infelicitando 14.176.000 trabalhadores. Assim, no período de três meses, a desocupação caiu 5% e 690 mil brasileiros saíram desse sufoco infernal e voltaram a trabalhar, recuperando seu espaço na economia. Embora os pessimistas insistam na tecla que houve um aumento da informalidade (390 mil trabalhadores por conta própria a mais no trimestre), o resultado é muito positivo. Nesses períodos, de transição da crise para a normalidade econômica,  é natural um certo aumento da informalidade que pode até mostrar-se benéfica: o conta própria, muitas vezes, se torna um empreendedor  criativo, motor potente das economias capitalistas.
Tudo isso ocorreu dentro de um panorama normal de recuperação econômica e inclusive nossa força de trabalho aumentou no trimestre de 103.123.000 para 103.722.000 participantes, enquanto a população de 14 anos e mais de idade, fora de atividade, permaneceu praticamente igual, passando 64.413.000 para 64.415.000 inativos.
É natural que ainda tenhamos que enfrentar oscilações,  mas com o advento da Reforma Trabalhista as perspectivas são promissoras.  No segundo semestre a Indústria potencializará os demais setores.
Um amigo meu, grande gozador, diz que em breve a taxa de desemprego estará ainda mais baixa que a popularidade do Governo Temer.

Verdade:  é quase impossível ser reformista e popular ao mesmo tempo, especialmente em países com educação de qualidade duvidosa e cujo eleitorado é facilmente seduzido pelas promessas mentirosas dos políticos populistas de plantão.

quinta-feira, 13 de julho de 2017

O ÔNIBUS ATRASOU. DEMAIS...

É uma de minhas lembranças mais antigas! Daí não poder precisar quando foi. Mas creio que data de poucos anos depois do fim da II Guerra Mundial, quando o Rio de Janeiro era Capital da República.
Meu pai contava para minha mãe, lamentando, que um amigo, dono de uma linha de ônibus no subúrbio carioca, estava desesperado, forçado a pagar propina a alguém no poder, sob a ameaça de perder seu negócio, o qual dependia de licença da Prefeitura. Já lá se vão mais de 70 anos! A mala com dinheiro vivo teria que chegar toda semana ao escritório do poderoso chefão, caso contrário...
Nos tempos que se seguiram, sempre se ouviu falar com suspeição da relação público-privada nesse setor. E muitas malas fizeram o descaminho da corrupção. Algumas, diziam as más línguas,  iam parar no Uruguai, o paraíso fiscal mais à mão; outras, mais sofisticadas, seriam depositadas à beira do plácido Lago Leman. E o povo, sofrido, pagava sempre mais caro pela passagem e seguia apertado como sardinha enlatada, nas desconfortáveis e senegalescas  máquinas a sacolejar, movidas a propina, as quais fabricavam congestionamentos quilométricos...
Eu também me lembro do Manuel, gerente da noite no bar do meu pai em Ipanema: ele morava em São João de Meriti e muitas vezes dormia no jirau do estabelecimento porque faltava condução para chegar em  casa, a tempo de uma convivência mínima com a família. Manuel, além do mais, era o dono do Atlântico, o primeiro e muito glorioso time de futebol de areia de Ipanema, em que jogavam Gil Carneiro de Mendonça – que foi Presidente do Fluminense – e Misqueti, o grande craque negro do pé enorme, jamais igualado. E quando tinha jogo, no sábado, aí mesmo é que São João de Meriti ficava só na saudade. Mesmo sendo um garoto eu sentia muita pena do Manuel, trabalhador brasileiro, muito eficiente, simpático e tão sacrificado pela falta de transporte público digno!
Agora, em 2017, finalmente “descobriram” tudo:  corrupção em grande escala.
Ficou barato (ou barata?) para corruptos e corruptores (estes, nos primórdios, talvez  vítimas de extorsão), pois muitos escaparão da justiça, no Brasil tradicionalmente tardia.
Mas ficou muito caro, irremediável mesmo, para o Rio e seu povo. Pois se existiu, foi essa mala maldita, semanal, que se tornou um dos fatores determinantes da opção – só aparentemente incompetente, mas em verdade oportunista – pelo ônibus como transporte de massa – o que ele certamente não é! Foi esse um fator inibidor da expansão adequada da rede ferroviária que já servia o Rio de Janeiro. E impeditivo da implantação tempestiva do metrô, que atrasou décadas e continua tímido, incipiente, quase desprezível em face das necessidades da metrópole.
A inexistência do transporte de massa, barato e rápido, inibiu a criação de grandes anéis de aglomerados habitacionais suburbanos e metropolitanos para a população trabalhadora, como ocorre nas megacidades do mundo desenvolvido.
Resultado final: a favelização do Rio de Janeiro. Fruto da falta de infraestrutura de transporte público de massa e com qualidade, impedindo os grandes projetos habitacionais para a população de renda média e baixa. Ficou muito caro! Favela por todos os lados... gueto insuportável e sufocante... desigualdade econômica e social... balas perdidas achando crianças... santuário do banditismo!
O ônibus não apenas atrasou demais para chegar à corrupção em massa, mas foi um importante fator de atraso de nossa Cidade.


VIAGEM AO PASSADO

O Irã está na moda e minhas recordações daquele país mais vivas do que nunca... Estive no Irã em 1976, para participar da Conferência In...