Em sua linguagem rude, mas honesta e sincera, o Presidente
Bolsonaro prometeu “tirar o Governo do
cangote do povo”. Logo de início enviou uma MP ao Congresso, cumprindo sua
promessa de lutar pela liberdade econômica dos brasileiros, muito limitada nos
governos esquerdistas que o precederam. Claro que nossos “representantes” – que
sempre pretendem tutelar o povo – quase a deixaram caducar. Porém, sentindo a
pressão popular, tiveram que analisá-la no prazo. Mas mexeram na medida proposta e
limitaram muitos dos avanços previstos pelo Executivo. Infelizmente, não faltam
inimigos da liberdade e muitos estão exatamente no Congresso Nacional.
De qualquer modo, ainda sobrou algo substancial - mas o
espírito dirigista de nossos legisladores ronda constantemente nossas vidas. É
preciso combatê-los sem esmorecer.
Esta semana mesmo, em dois episódios, vejo que o
intervencionismo não desiste, revestido monotonamente de algumas de suas
características clássicas: defesa do corporativismo e inveja do sucesso alheio.
Parece piada, mas é verdade: a turma que ocupa o poder não
suporta o sucesso dos nossos empreendedores. O Brasil é um país com dezenas de
milhões de animais domésticos, principalmente cães e gatos. Com razão, neste
mundo tão neurotizante, o brasileiro adora seus
bichinhos e até se sacrifica para dar-lhes conforto. Vai daí, mesmo na crise,
as pet-shops proliferaram, criando emprego e renda. São um sucesso comercial
indiscutível. Corolário intervencionista: não tardaram a surgir normas,
decretos e leis penalizando esse ramo de negócios com mil exigências e custos
adicionais. Nossos doutos dirigentes – uns animais! - exigem que para a dificílima tarefa de dar um
banho ou fazer uma tosa no cachorrinho da madame as lojas contratem
veterinários, cujos salários vão inviabilizar os negócios até então prósperos.
E a corporação dos profissionais do asfalto agradece e deve prometer-lhes votos
em profusão. Só ficam tristes – coitados - os futuros desempregados das firmas
que fecharão ou reduzirão seus quadros. Isso é o que se poderia chamar de mais uma
CACHORRADA. Típica de gestores ineptos, com aquela mentalidade esquerdista,
opressora, de se meter na vida alheia.
Mas tem mais notícia ruim para a liberdade econômica...
Deputados estaduais do Rio de Janeiro – que viram caladinhos, por décadas, um
assalto sem precedentes aos cofres públicos fluminenses – levantaram a voz e querem
obrigar os condomínios a contratar professores de educação física. Exatamente aqueles
empreendimentos que construíram e equiparam salas de ginástica para seus
moradores, em uma iniciativa maravilhosa para um país com alto percentual de
população sedentária e portanto mais sujeita a inúmeras doenças. Muitas instalações já estão paralisadas. O consequente aumento
da morbidade vai sobrecarregar o já falido sistema público de saúde, aumentar suas
despesas e prejudicar a qualidade de vida da população.
Uma indagação cabível: os equipamentos que inúmeras Prefeituras
montaram nas praças, para a prática física, principalmente de idosos,
também vão estar sujeitos a essa regra burra? Com esses políticos que temos no
Brasil talvez devamos interditar esses perigosíssimos conjuntos para ginástica
dos velhinhos como eu.
Aliás, aí vai um alerta – IMPORTANTÍSSIMO - para nossas
autoridades: não se esqueçam de exigir obrigatoriedade de pediatras, dando
plantão junto aos brinquedinhos para crianças nas praças do nosso Brasil!
E um apelo final: não exijam, pelo amor de Deus, um “personal”
pós-graduado em voleibol para orientar os “atletas” das redes de praia. A mensalidade da minha rede já está alta em demasia e não sobra dinheiro nem para a indispensável
água de coco.