sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

POSSE DE ARMA OU PORTE DE SMARTPHONE?


O que é mais ameaçador: posse de arma ou porte de smartphone???
Em  1966 eu trabalhava no IPEA (Ministério do Planejamento), chefiando seu Setor de Educação e Mão de Obra, quando recebi a visita de um especialista da UNESCO que dava assistência técnica ao INEP, órgão de estudos e pesquisas do MEC. Era o belga Jacques Torfs  com o qual, desde esse primeiro contato, foi nascendo uma colaboração profissional muito proveitosa para a educação brasileira. E para mim: aprendi muito com Jacques, além desse convívio resultar em grande amizade entre nós e nossas famílias. Ele viera para o Rio com sua Claudine e três filhos – todos pessoas  adoráveis.
Um dos trabalhos mais importantes desenvolvidos por Jacques, com a minha modesta ajuda, foi a elaboração de um projeto visando a injeção maciça e rápida de novas tecnologias educacionais no Brasil. Consistiria em dotar nosso país de um satélite de comunicações com capacidade para transmitir até seis canais de televisão e atingir todo território pátrio. A ideia era implantar o ensino a distância e o suporte à educação presencial, desde a alfabetização até o ciclo básico das Universidades, com cinco canais de TV, reservando o sexto para as rádios educativas. Durante as madrugadas o satélite seria utilizado para a transmissão de dados e outros fins, garantindo sua viabilidade econômica. O projeto custaria US$ 30 bilhões em 20 anos, aí incluídos o satélite e seu lançamento com os seguros correspondentes, todo equipamento de recepção de TV e rádio em terra, além da maciça produção dos programas que seriam veiculados para todo o sistema educacional.
Defendi esse projeto junto às autoridades brasileiras desde o fim dos anos 60 até o dia em que o expus ao Presidente Geisel, dois meses antes de sua posse, em 1974, recebendo sua opinião contrária. Nessa última tentativa meu argumento mais forte era que o Brasil tinha uma educação sofrível  mas  produzia uma televisão das melhores do mundo, veiculada para  95% dos lares do país, o que mostrava a aprovação da população. E até hoje continuamos mantendo uma educação pública de má qualidade e produzindo programas de TV do melhor nível, repetidamente ganhadores de prêmios internacionais dos mais respeitados.
O Brasil perdeu assim, na década dos 70, a grande oportunidade de injetar qualidade em seu sistema de ensino, rapidamente e a um custo  razoável, utilizando a televisão. Hoje, os tempos são outros e as redes sociais, que nos chegam pelos telefones celulares,  conquistaram a unanimidade nacional.
Em 1992 houve outra oportunidade de utilizar a TV para melhorar a qualidade de nossa educação: Walter Clark, um gênio midiático, assumiu a Presidência da Fundação Roquette Pinto, nomeado pelo Presidente Collor. Walter começou a realizar um excelente trabalho na TVE e coincidentemente me convidou para dirigir o SINRED (Sistema Nacional de Radiodifusão Educativa). Fiquei até a demissão de Walter, ocorrida quando Itamar Franco assumiu a Presidência da República. Seu Ministro da Educação, Murílio Hingel,  prestou esse desserviço ao Brasil, atendendo ao pedido dos Senadores Francisco Dornelles e Paulo Alberto Monteiro de Barros que colocaram no cargo o jornalista Paulo Branco – que realmente honrou o nome e passou em branco pelo órgão. Claro que pedi demissão, assim que Walter foi exonerado. E mais uma vez a TV saiu dos planos da educação brasileira, infelizmente até hoje mergulhada na mediocridade.
Quando eu falava na excelência da TV brasileira, o que me vinha  à cabeça  era   o que se convencionou chamar de “padrão Globo de qualidade”, implantado exatamente por Walter Clark e depois sustentado por Boni. E que até hoje, apesar da crise ética e política da rede, se mantém em alguns programas de alto nível como o Globo Rural, Via Brasil, Pequenas Empresas e Grandes Negócios, Como Será etc os quais farão grande falta - se o suicídio jornalístico gradual da rede se mantiver e chegar ao desfecho que se está desenhando.
Walter Clark costumava me dizer que a Globo era perdulária e reclamava principalmente dos custos exagerados de algumas novelas. Não é a primeira vez que o endividamento excessivo vitima  o sistema. Já nos anos 90 houve uma crise financeira  séria e a falência foi evitada pela venda de ativos associada ao socorro governamental. Agora, além das finanças combalidas, a rede Globo foi tomada pelos militantes de esquerda que veiculam insistentemente mentiras e meias verdades que nem os mais fanáticos admiradores da glamorosa TV estão aguentando. As audiências despencam, a cobrança de títulos é incessante, os anunciantes estão debandando - até porque estão com suas marcas sujeitas ao boicote do povo – mas a cruzada contra o novo Governo continua cada vez mais radical. E ridícula... pois seu jornalismo perdeu totalmente a capacidade de autocrítica.
A essa decadência específica soma-se um fenômeno genérico: a supremacia das redes sociais sobre a grande mídia, o porte onipresente do celular em todas as latitudes.
Quando estavam no poder, nos últimos 22 anos, as esquerdas, em vez de coibir sofregamente a posse de arma deveriam ter proibido o porte do smartphone! Perderam as eleições! 
Aliás, como escrevi em blog de 2017, creio, o Ministério da Educação deveria manter um grupo técnico permanente de alto nível, encarregado de criar e aperfeiçoar uma “pedagogia do celular”, utilizando-o intensivamente, dentro e fora da sala de aula, com programas educativos atraentes. Se assim não o fizer estará repetindo o erro fatal, cometido com a TV nos anos 70.



segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

EDUCAÇÃO OPRESSORA



Ao abrir e assistir ao vídeo acima o leitor desvenda os caminhos obscuros que a educação brasileira percorreu nos últimos 22 anos de governos esquerdistas que aparelharam nossas escolas em todos os níveis, preparando a tomada do poder pelos opressores comunistas, cujas experiências fracassaram em todo mundo, em todos os tempos. Gostaria muito de saber o nome da brilhante professora, que em sua sábia fala, desmascara o charlatanismo de Paulo Freire e seus seguidores – melhor seria dizer cúmplices.
Teremos muito trabalho para desfazer a escravização das mentes jovens pelos professores militantes de esquerda - esses verdadeiros terroristas do espírito.

VIAGEM AO PASSADO

O Irã está na moda e minhas recordações daquele país mais vivas do que nunca... Estive no Irã em 1976, para participar da Conferência In...