Realizar uma Olimpíada em cidades do primeiro mundo, dotadas
das infraestruturas adequadas de transporte público e hospitalidade, capazes de
atender a uma grande demanda, é bem mais simples do que se colocava como
desafio ao nosso Rio de Janeiro. O desafio, porém, gerou uma grande oportunidade,
aproveitada de modo adequado em vários aspectos. Tomando Londres como exemplo, estávamos diante de uma cidade
rica onde o metrô tem mais de 100 anos e
uma enorme abrangência, além da perfeita integração com a malha ferroviária do
país. No Rio, por outro lado, colocava-se logo de início a dificuldade
estrutural da falta de transportes
públicos e do déficit de leitos. Foi
preciso construir essa malha viária e expandir a rede hoteleira.
Quando os três grandes eixos
de BRT e a linha 4 do Metrô estiverem operando a plena capacidade, após
a Paralimpíada, nossa Cidade do Rio de Janeiro será outra, mais valorizada e
sustentável. Transoeste, Transcarioca, Transolímpica e o Metrô ampliado pela
Linha 4 permitirão uma maior integração
de todo território carioca. Uma revitalização sem precedentes e uma melhoria decisiva
da qualidade de vida da população.
Agora, é pensar em melhorias e novas alternativas, exercer a
criatividade, aprender com exemplos bem sucedidos de outras cidades.
De início, deve-se complementar a integração do transporte de
massa com meios mais sustentáveis e ao mesmo tempo valorizar duas joias da
natureza carioca – as lagoas da Barra da Tijuca e a Rodrigo de Freitas -, o que é totalmente
viável. Os passos são óbvios: dragar, eliminar o despejo de esgotos, baixar a
poluição a quase zero e implantar linhas de navegação que tragam a
população em trânsito para as estações
da Linha 4 do Metrô às suas margens, a saber, Jardim Oceânico (no caso da
Barra), Jardim de Alá e General Osório (saída na Lagoa) em Ipanema.
Principalmente no caso da Zona Oeste, há uma grande população não atendida pelo
transporte de massa que poderia beneficiar-se da via aquática. A
operacionalização não terá óbices: em troca das respectivas concessões,
surgiriam muitas empresas candidatas a uma parceria público-privada sem ônus
para o erário. Pois essas linhas, além de servirem à integração mencionada,
atrairão os turistas interessados em conhecer parte fascinante de nossa cidade
de um ângulo diferente.
Outro tipo de integração, igualmente sustentável, pode ser
feita pela bicicleta e eventuais sucedâneos (triciclos e similares), que
complementariam o acesso de proximidade das populações residentes a certas
estações de metrô e BRT. Ciclovias e bicicletários com segurança precisam ser providenciados
para servir a esse fim.
Com o sucesso das Olimpíadas, o futuro do Rio de Janeiro como destino turístico de primeira grandeza está assegurado, garantindo a ocupação adequada e a economicidade dos novos hotéis construídos.
Há providências mais trabalhosas a tomar, certamente: construir algumas alças em estações viárias de integração, adquirir maior número de veículos para metrô e BRT, intensificar a captação de eventos internacionais e a propaganda do Rio no exterior etc Mas nada que seja tão difícil quanto o que foi realizado para viabilizar o sucesso das Olimpíadas. Mãos à obra, pois!
Há providências mais trabalhosas a tomar, certamente: construir algumas alças em estações viárias de integração, adquirir maior número de veículos para metrô e BRT, intensificar a captação de eventos internacionais e a propaganda do Rio no exterior etc Mas nada que seja tão difícil quanto o que foi realizado para viabilizar o sucesso das Olimpíadas. Mãos à obra, pois!