segunda-feira, 24 de abril de 2017

ANTES TARDE DO QUE NUNCA!

A Reforma Trabalhista chega com décadas de atraso mas traz inovações que vão revigorar o mercado, dando emprego aos trabalhadores e segurança jurídica aos empregadores.
Uma dessas muitas inovações traz-me à lembrança uma sugestão que dei há alguns anos para uma Fundação que lançou um concurso público, pedindo ideias para resolver o problema crônico da falta de professores no país.
Ao lado de algumas sugestões de longo prazo, mais ligadas ao recrutamento e à formação de novos professores, apresentei uma ideia para a solução emergencial da falta e do elevado absenteísmo dos docentes do setor público.
Com a legalização do trabalho intermitente minha ideia então apresentada ganha consistência.  Sugeri à tal Fundação que sistemas públicos de ensino, principalmente no nível médio, usassem professores aposentados ou simplesmente desocupados para substituir  os mestres faltosos. A Secretaria de Educação criaria um cadastro geo-referenciado de docentes interessados em trabalhar esporadicamente. Quando algum Diretor de Escola acionasse a Secretaria, informando a falta de um titular de certa matéria em sua escola, localizar-se-ia um substituto que residisse próximo ao estabelecimento, o qual seria acionado e entraria em ação emergencialmente, sendo remunerado por hora(s) de trabalho. Seria também um meio de beneficiar os professores idosos, cujas aposentadorias são geralmente baixas e necessitam de uma complementação para permitir uma velhice digna aos antigos mestres.
Não recebi nem resposta às minhas propostas, à época do tal concurso. O que sei é que os problemas continuam exatamente como têm sido nos últimos anos: faltam professores, em especial em certas matérias e durante alguns períodos do ano letivo – neste caso principalmente no início das aulas. Em outras palavras: a tal Fundação não parece ter dado qualquer contribuição válida para a questão, da mais alta importância para a qualidade de nossa pobre educação, conforme atestam os resultados do teste de PISA da OECD.
Espero que a regulamentação dessa modalidade de trabalho suscite em algum gestor de nossos sistemas educacionais de maior porte que se inspire na nova legislação e implemente a utilização de docentes ociosos para suprir as frequentes lacunas de nossas grades de ensino, problema sobre o qual, aliás, pouco se fala, embora seja um dos fatores geradores da baixa qualidade de nossa educação pública.

Assim que a Reforma Trabalhista for sancionada o Brasil recuperará os milhões de empregos que a incompetência e a corrupção ceifaram nos últimos anos. Que venha logo, embora já tardiamente!

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