sábado, 30 de abril de 2016

É TEMPO DE RECONSTRUÇÃO E SANEAMENTO

Neste momento, RECONSTRUÇÃO é a palavra de ordem para todos os cidadãos e instituições comprometidas com o desenvolvimento do Brasil e o bem estar de seu povo. Não há como negar tal contribuição, em meio à mais profunda crise, com 11 milhões de desempregados, caos nas finanças públicas, economia em recessão profunda, inflação elevada e desesperança generalizada.
Nosso país está pior do que o avião em pane da velha estória: é preciso prosseguir, consertá-lo em pleno voo e levar os passageiros a seu destino. Infelizmente, além de tudo, a aeronave  está cheia  de sujeira (o entulho do petismo) e é indispensável   alijar esse peso morto e nauseabundo.
Observo o agravamento da crise em nosso país através da ótica das estatísticas de desemprego, as quais  dizem muito e vão confirmando as previsões feitas em meus blogs anteriores. As taxas não param de crescer, aterrorizando a opinião pública brasileira: já são mais de 11 milhões de desocupados, com suas  famílias desesperadas, passando necessidade. Em contraponto, um desgoverno impotente, indiferente a esse que é o maior flagelo social de nossos dias.
Mas há esperança no ar: a proximidade da alternância no poder!  O novo Governo  terá  porém um árduo trabalho a realizar. Após o país livrar-se do domínio da República Sindicalista do PT virá o indispensável saneamento de sua herança maldita, concomitante ao TEMPO DE RECONSTRUÇÃO! Consertar o avião em pleno voo, remover as cargas nocivas  e continuar voando – eis a tarefa.
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RECONSTRUÇÃO
Em julho de 1944, reunidos em  Bretton  Woods, New Hampshire, 730 delegados de 44 países Aliados instituíram  os mecanismos  componentes do sistema econômico e financeiro que deveria permitir,  às várias nações do mundo, renascer do pesadelo decorrente da II Grande Guerra: o FMI, para regular o sistema monetário internacional e o Banco Internacional para a Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) – o Banco Mundial – para financiar projetos  econômicos e sociais prioritários. Enfrentamos situação parecida! O Brasil, nas próximas semanas, interromperá um processo tão devastador quanto uma gigantesca guerrilha intestina, a qual corroeu nossa economia, arrasou as finanças públicas, desmoralizou os mecanismos de financiamento do desenvolvimento e sistematicamente tentou promover  a divisão dos brasileiros como estratégia de manutenção do poder. Afastado o PT do poder, impõe-se a união dos brasileiros conscientes para promover a reconstrução de nossa economia e de nosso equilíbrio financeiro, tal como ocorreu,  a nível mundial, no período de pós-guerra. Em analogia, dar autonomia ao Banco Central e mandato a sua Diretoria. Ao mesmo tempo, reavaliar toda política de injeção de recursos e financiamento do BNDES, rebatizando-o como Banco de Reconstrução Nacional.
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O “IMEXÍVEL” DO BRASIL PÓS-PT
Simpatizar ou não com o PMDB, no momento, é uma questão secundária. O importante é estabelecer pré-condições mínimas e identificar se há, no novo Governo, o desiderato de tirar o país do abismo. Parece que essa intenção é visível. Há um documento básico de qualidade, embora genérico –  o PONTE PARA O FUTURO – e alguns nomes aventados para participar do primeiro escalão são adequados. Henrique Meirelles, nos planos nacional e internacional, tem todo um passado de competência comprovada, credenciando-o a assumir o comando de nossa economia. Na área social vislumbra-se a atuação intelectual do especialista Ricardo Paes de Barros,  um dos idealizadores do programa Bolsa Família, autor de inúmeros trabalhos de excelente qualidade e com um profundo conhecimento das características da população brasileira mais carente - aquela que necessita maior atenção na crise.
Nestes tempos de impeachment é inevitável  lembrar  de Collor, o qual subiu ao poder com o mesmo discurso de honestidade do falecido PT.  E que, como o PT, foi destronado por força da prática de corrupção, aliada a uma incompetência invulgar para gerir os destinos do país.
No Governo de Collor – a exemplo da ascensão do PT - surgiram muitas inovações.  Algumas muito ruins, inclusive na escolha de seus Ministros. Collor empossou alguns deles apenas por serem “bons de marketing”. Como resultado, fizeram muita espuma mas pouco ou nada de proveitoso realizaram. Nessa linha, Collor nomeou um Ministro do Trabalho cujo mérito era ser sindicalista – à época, a opinião pública brasileira ainda não estava acostumada com essas figuras popularescas que nos anos de Lula e Dilma mandaram e desmandaram em nosso  pais (aliás, justiça  lhes seja feita, pródigos que foram principalmente nos desmandos).
Magri, o tal Ministro do Trabalho, criou o neologismo “imexível” - que caiu no gosto da mídia e que durante muito tempo passou a ser um vocábulo irremovível (ou seria imexível?) de nosso cotidiano político. Esse neologismo ocorre-me agora, por ajustar-se  perfeitamente a dois ícones da vida brasileira na atualidade: a Operação Lava Jato e o Programa Bolsa  Família. Pois antes  de tudo, na reconstrução, para gozar da confiança da população, o Governo TEMER  precisa  definir seu apoio incondicional à Operação Lava Jato e ao Programa Bolsa  Família. Sine qua non!
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O SANEAMENTO IMPOSITIVO
A revelação dos atuais ocupantes do poder de que não farão a transição com o futuro Governo, inclusive com ameaças de “queima de arquivos”, justificará e mesmo obrigará os novos gestores a fazer um saneamento preliminar da máquina operacional do poder público federal e seus apêndices. Assim, antes da reconstrução, será preciso levar a efeito um processo de cuidadosa higienização, para evitar sabotagem e outras práticas similares por parte dos petistas recalcitrantes, suas milícias rurais e urbanas, suas ONGs amestradas, seus meios acadêmicos, midiáticos e artísticos muito bem remunerados para disseminar o proselitismo radical de esquerda. Aliás, ao interromper o fluxo de recursos financeiros e materiais para essas hordas mercenárias, seu entusiasmo murchará rapidamente e os caminhos da normalidade estarão reabertos. Mas pode-se confiar no profissionalismo do PMDB para essa operação profilática.

sexta-feira, 22 de abril de 2016

A CICLOVIA DA MORTE NA GRUTA DA IMPRENSA

Infelizmente aconteceu! Nosso  Rio de Janeiro sofreu com mais uma tragédia de repercussão mundial, marcada pela perda de preciosas  vidas humanas e representando um sério revés no prestígio da cidade, em um momento muito delicado. A ciclovia em frente à Gruta da Imprensa ruiu.
Quando passei pela Avenida Niemeyer  com minha mulher,  Marisa, e pela primeira vez percebemos que estava surgindo a construção de uma ciclovia do lado do mar, ela logo disse: isso não vai prestar, vai morrer gente aí! E eu completei seu   lamento, observando  que perderíamos uma bela e tranquilizante vista, quando da passagem pela Niemeyer, nas idas e vindas da zona sul.  A ciclovia obstruiria a paisagem considerada  uma das marcas  do Rio de Janeiro – algo como é  a Costa Amalfitana para a Itália. A obra era uma decisão incoerente, para uma Prefeitura que estava derrubando a gigantesca, caríssima e estratégica Avenida Perimetral, exatamente com o argumento de que o faria para resgatar...  a vista do porto!
Marisa tinha razão, pois em criança, com seus pais e seus irmãos, costumava visitar a Gruta da Imprensa  e sabia que as ondas  daquele local específico do costão tinham uma força extraordinária, nas costumeiras ressacas de outono e começo de inverno. Nesses dias de mar agitado, a visita à Gruta da Imprensa era proibida e havia um guarda para alertar os passantes sobre o perigo.
Aquele lugar era então um ponto turístico importante do Rio de Janeiro. Atração perdida pela favelização da região e pela falta de segurança para os eventuais visitantes.
Eu também fui, na infância, um frequentador habitual da Gruta da Imprensa, pois meu pai gostava muito de parar lá, nas idas de nossa família a São Conrado, para visitar os amigos José e Guiomar, donos do Hotel Pedra Fenícia da Gávea. Descíamos a escada, entrávamos na gruta escavada pela erosão marinha, escutávamos o curioso barulho surdo do bater das ondas e certa vez até fizemos um piquenique por lá. Apreciávamos os imensos e sólidos pilares do Viaduto do Rei Alberto – que  emolduram a caverna e lá estão, firmes, há um século, alicerçando o pavimento da avenida, indiferentes à força das ondas mais violentas. Uma boa construção, robusta para resistir um milênio. Dessas que não se fazem mais...
Algumas vezes não podíamos parar: as ondas gigantescas atemorizavam, molhavam os carros estacionados na Niemeyer e o jeito era passar direto. Se nossos gestores soubessem...  se conhecessem melhor a cidade... Mas o Brasil é um país sem memória. E poucos se preocupam em resgatá-la! Ou procurar conhecê-la. Pena! Pois acreditem: as recordações do passado têm muito valor. Embora nem sempre reconhecido...
Quando fui Presidente do MOBRAL, sugeri certa vez que as pessoas mais velhas,  das localidades onde se situavam nossas classes, deveriam ser convidadas às salas de aula para dar um depoimento sobre as origens e o passado daquelas comunidades. Coisa típica do MOBRAL. Era um reconhecimento merecido  da  importância social dos idosos. E um tipo de atividade cultural que se revelou um sucesso. Os mais velhos têm uma contribuição interessante e valiosa para o autoconhecimento das comunidades e suas estórias motivavam os alunos.

Agora, após o desastre, a Prefeitura aventa a possibilidade de consultar os cariocas sobre o destino que deve dar à ciclovia. Nunca é tarde demais, certamente, mas se os moradores mais antigos da região tivessem sido ouvidos antes do início da obra, talvez essa ciclovia nem tivesse sido construída do lado do mar, no costão rochoso dos Dois Irmãos. E se assim fosse, para a admiração daqueles que chegassem ao Rio de Janeiro pelo mar, ainda brilharia  essa visão magnífica da esquecida Gruta da Imprensa, que a foto de Gyorgy Szendrodi, publicada no excelente  site de André Decourt, intitulado “Foi um Rio que Passou”, nos mostra em seu esplendor, no início dos anos 70. Quando os cariocas ainda sabiam que ela existia e era linda! Agora, a gruta da minha infância é apenas a testemunha eloquente de uma tragédia imperdoável.



quinta-feira, 14 de abril de 2016

DE VERDE E AMARELO EU VOU! NÓS, BRASILEIROS, VAMOS!

Roberto Campos estava muito doente à época em  que tramitava o pedido de impeachment do Presidente Fernando Collor. Mas no dia da grande votação, o deputado cumpriu seu dever: com enorme sacrifício físico, em cadeira de rodas, adentrou o plenário e sob aplausos retumbantes pronunciou seu  voto  - pelo Brasil  -  a favor do impedimento.  Roberto Campos  criava assim um “imperativo categórico” para os congressistas que honram seus mandatos: ir em qualquer circunstância sempre que o Brasil precisar.
Não há desculpa para quem faltar à votação do impeachment. Os ausentes estarão perfeitamente identificados em  um de dois grupos: (1) ou são a favor dos governos do  PT, de Lula e Dilma – enfim, disso tudo que aí está  - ou (2) foram cooptados pelo “chefão” no hotel da tulipa dourada. Esta semana mesmo,  Roberto Jefferson, em entrevista memorável à TV, contou que Lula não busca  aliados: quer “prostitutos”, aos quais compra para que obedeçam cegamente.
Em qualquer dos dois casos, esses políticos  ausentes devem ser olhados pelos eleitores como traidores dos interesses do Brasil e de seu povo, como cúmplices do desgoverno que acoberta a corrupção, malbarata nossos impostos, fomenta a inflação, amplia o desemprego e agora corta programas sociais, minados pela disseminação da fraude, usada amplamente como instrumento eleitoral.
Afortunadamente, Roberto Campos sobreviveu àquela doença e ainda nos brindou com alguns anos de agradável convívio. Comentou comigo, certa vez, que aquele dia no Congresso foi singular em sua vida pública: ao ser aplaudido, sentiu-se um político amado, popular. Uma ocasião rara, pois enquanto Ministro do Planejamento -  de meados de 1964 a março de 1967 – foi permanentemente criticado na imprensa, pelas medidas de sacrifício que o governo Castello Branco teve que adotar para remediar o caos estabelecido durante a presidência ruinosa de Jango Goulart.
A situação política e econômica do Brasil antes de 31 de março de 1964 era muito parecida com a que vivemos hoje: imperavam a baderna, a falta de segurança, o desemprego dos trabalhadores,  o fechamento das empresas, havia agitação nas ruas e invasões de terras particulares no campo - todo esse conjunto negativo dentro de uma orquestração de assalto ao poder pelos comunistas,  que pregavam a sublevação e os motins nas forças armadas e eram apoiados em sindicatos-pelegos que marchavam desafiadoramente com suas bandeiras vermelhas.  Mas o brilhante Governo Castello Branco, do qual Roberto Campos foi uma espécie de Primeiro-Ministro, colocou o país no caminho certo e o Brasil em pouco tempo tornou-se a sexta economia do mundo.
Um dia, em uma reunião, eu me queixava  da crescente “esquerdização”  que acometia a sociedade brasileira, incentivada pelo governo, orquestrada pelo professorado e os meios acadêmicos e propagandeada  pela mídia e a classe artística, lançando mão de sofismas,   mentiras  e reescrevendo a história. Fui interrompido pelo sábio Roberto Campos.  Ele me disse que não tinha jeito:  nos 20 anos seguintes o Brasil seria governado pelos esquerdistas,que iludiriam o povo, com suas promessas irresistíveis, até que um deles faria tantas asneiras que arruinaria a economia e sofreria um naufrágio político definitivo, de graves consequências. Profético, só errou ao nomear o responsável pelos desmandos, que acabou sendo uma dupla sinistra: Lula-Dilma. Com o PT, encerrar-se-á esse ciclo trágico da vida nacional.
Minha mãe, portuguesa, costumava recitar-me o provérbio de sua terra: “não há mal que sempre dure, nem bem que nunca se acabe”. E assim tem sido. Neste momento  vivemos a expectativa de um futuro governo equilibrado, no qual se possa ter confiança e sobretudo esperança.

Dia 17 de abril, eu também vou, de verde e amarelo! Vamos todos, para comemorar a democracia!

segunda-feira, 4 de abril de 2016

O CULTO AO DESEMPREGO OCULTO

Eu preparava um blog sobre a mistificação feita em relação às estatísticas de desocupação no Brasil. De repente,  uma  reportagem de TV mostrou-me o desespero das famílias infelicitadas pela perda do emprego por seus membros. As consequências  terríveis  foram realçadas: acúmulo de contas a pagar, inadimplência, queda abrupta no padrão de vida, perda do plano de saúde, incapacidade de manter os filhos nas escolas de sua escolha e uma constelação de outros problemas. Muito mais eloquentes do que tudo que eu possa vir a escrever, aqueles dramas humanos compõem um quadro extremamente penoso, em um país que bem poderia estar em situação mais confortável. De qualquer forma, não posso omitir-me no tocante à desinformação que corre à solta pelo Brasil. Concentrado na luta pela manutenção do poder - que lhe escorre pelas mãos politicamente inábeis e maculadas pelos inúmeros escândalos que brotam em múltiplos setores da vida nacional – o Governo embaralha toda informação que lhe é desfavorável. É o caso do mercado de trabalho.
Na última campanha presidencial, o marketing de Dilma bateu fortemente no Governo FHC, até então recordista absoluto do desemprego no Brasil pós-guerra.Seu adversário tucano não teve competência para desvincular-se dessa herança partidária maldita. O problema, porém,  é que neste momento a República Sindicalista do PT já ultrapassou amplamente seus ex-governantes rivais na destruição de empregos e as perspectivas são sombrias, antevendo-se  grande sofrimento futuro para a classe trabalhadora brasileira, pelo menos enquanto faltar-nos  uma política de emprego eficaz.
A solução marota consiste em não informar com clareza a opinião pública, em relação às estatísticas de desemprego no Brasil. A mídia, a qual não dispõe de especialistas em mercado de trabalho – que  aliás faltam até nos quadros governamentais – está submetida  a um excesso de dados parecidos, de fontes diversas, nem sempre claramente explicados em seus detalhes. Daí, acabam gerando para seu público  uma tremenda  confusão em torno do assunto.
 O IBGE mascara a realidade e confunde-nos quando insiste na divulgação da inútil PME (Pesquisa Mensal de Emprego) - que cobre apenas 6 (seis) regiões metropolitanas do país e que há anos deixou de ser relevante. Ao dar publicidade aos resultados da PME de fevereiro de 2016, que mostram um desemprego de apenas 8,2%, muito abaixo da desocupação no país como um todo, o IBGE agrada seus patrões e não explica claramente à mídia o verdadeiro significado e as limitações desses dados.
A confusão do público leigo foi agravada ainda mais pelo fato de a PME  ter sido divulgada na mesma semana que a  PNAD Contínua relativa ao trimestre de novembro de 2015 a janeiro de 2016, a qual registrou a taxa média de 9,6% de desemprego para o Brasil como um todo, portanto mais representativa e bem superior à encontrada na PME .  Mas a confusão entre as duas estatísticas persistiu.
Os analistas qualificados sabem que neste mês de abril, pelo ritmo crescente recentemente observado, a desocupação já ultrapassou 10% largamente e  já existem quase 11 milhões de desempregados no país. Mas isso não é lembrado.
Para aumentar ainda mais a confusão patrocinada pelo aparelhado IBGE,  o Ministério do Trabalho soltou na mesma semana os preocupantes dados do CAGED (Cadastro Geral  de Empregados e Desempregados),  de abrangência nacional, registrando  a perda de 104.582 postos de trabalho formal  em fevereiro de 2016, que se somam aos 99.694 destruídos em janeiro e aos 596 mil desaparecidos em dezembro de 2015. Um trimestre com 800 mil empregos que foram para o ralo pela falta de confiança dos investidores e empresários em geral. Diagnóstico que o Governo finge não ter feito.
Há muita coisa oculta no mundo do trabalho em crise de nosso país. Será que falta pesquisa ou apenas falta vontade de divulgá-las?

No início de 2015 o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou que o contingente de trabalhadores domésticos voltara a aumentar, tentando ocultar a triste realidade:  a PEC das Domésticas destruiu o vigor do mercado de trabalho doméstico no Brasil, além de infernizar a vida principalmente das famílias que têm crianças e idosos necessitados de cuidados específicos. Segundo o IBGE,  “ao todo, 6,019 milhões de pessoas estavam nesta condição de ocupação no primeiro trimestre de 2015, contra 5,929 milhões em igual período do ano anterior, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua”.  O que o IBGE não disse então  é que na realidade ocorreu a substituição maciça de empregadas domésticas de tempo de integral por duas ou até três diaristas, que não estão sujeitas aos rigores e exageros da nova legislação, nitidamente populista, aparentemente visando agradar ao imenso universo desse tipo de trabalhadores. Segundo estudo com dados de 2010, feito em 117 países pela  Organização Internacional do Trabalho (OIT), o Brasil tinha 7,2 milhões de empregados domésticos, sendo 6,7 milhões de mulheres e 504 mil homens. Aparecia então como o país com a maior população de trabalhadores domésticos do mundo em números absolutos.  Hoje há pouca demanda de domésticos, a informalidade é superior a 60% e as famílias mandam suas crianças para as creches privadas –  o Governo prometeu 6 milhões de creches e não cumpriu – e os idosos vão morrer nos asilos também particulares. A PEC das Domésticas, uma legislação que já nasceu falida, configura uma política pública equivocada. Mas como muitas outras coisas - no Brasil da República Sindicalista – permanecerá intocada, infelicitando nosso povo, até que uma radical mudança  política ponha o país de novo no caminho do desenvolvimento sustentável.

VIAGEM AO PASSADO

O Irã está na moda e minhas recordações daquele país mais vivas do que nunca... Estive no Irã em 1976, para participar da Conferência In...