Nas últimas semanas assisti a competições esportivas em que
todos ganham! Inclusive os perdedores! E, além disso, emocionam qualquer pessoa
pela sua coragem de desafiar e sobrepujar
a adversidade!
Nos Jogos Pan-Americanos Paraolímpicos de Lima todos aqueles
atletas que competiram foram vencedores. Superando preconceitos, limitações... Vitória
em sua expressão máxima...
Emocionei-me em todas as modalidades disputadas a que pude
assistir pela TV. O Brasil foi o grande vitorioso dos Jogos: total de 308
medalhas, das quais 124 ouros, 99 pratas e 85 bronzes. A consagração do
trabalho árduo e bem sucedido do nosso Comitê Paraolímpico. E um indicador do
progresso excepcional de nosso país na inclusão das pessoas com algum tipo de
deficiência. O esporte inclui e dá autoestima e autoconfiança.
Quando fui Subsecretário-Adjunto de Trabalho do Governo do Estado
do Rio de Janeiro, as 50 Agências Estaduais de Emprego estavam sob minha
responsabilidade e mantínhamos um grupo específico para a inclusão de pessoas com
deficiência no mercado de trabalho. Nos
4 anos de nossa gestão atingimos a média mensal de colocação de 40
trabalhadores com essas características especiais. Embora exista a LEI Nº
8.213, DE 24 DE JULHO DE 1991, que em seu
Art. 93 prevê que toda empresa
com 100 (cem) ou mais funcionários está obrigada a preencher de dois a cinco
por cento dos seus postos de trabalho com beneficiários reabilitados ou pessoas
portadoras de deficiência, há o obstáculo prático da falta de qualificação para
preenchimento dessas oportunidades disponíveis. Detectado o ponto de estrangulamento, a área de
qualificação profissional da nossa Secretaria expandiu seus esforços para essa
clientela específica – tarefa, aliás, nada fácil – e obtivemos bons resultados.
Agora que a Primeira Dama, Sra. Michele Bolsonaro, se dedica
a atender às necessidades básicas dessa parcela da população, certamente
teremos progressos a apresentar em futuro próximo. Será uma realização de
profundo conteúdo humano, da qual os brasileiros se orgulharão, da mesma forma
que admiram seus atletas dos esportes paraolímpicos.
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Outra competição que me deu grande alegria foi o WORLDSKILLS
2019, a Olimpíada da qualificação profissional, realizada a cada dois anos. Esta
última foi em Kazan ,na Rússia, abrangendo 56 modalidades de especialização e
reunindo 1.354 jovens de até 22 anos,
provenientes de 63 países.
O Brasil enviou 63 competidores, sendo 56 formados pelo
SENAI e 7 oriundos do SENAC. Nossa equipe conquistou o terceiro lugar, superado
apenas por China e Rússia. Ganhamos 2
ouros, 5 pratas e 6 bronzes, além de 28 certificados de excelência
internacional. Em outras palavras, 41 estudantes brasileiros, quase 70% de
nossos jovens, foram considerados de alto nível de qualificação em nível
mundial. Um grande feito! Com benefícios de insuperável valor para a educação
profissional de nosso país.
Posso bem avaliar, por experiência própria, a importância
desse certame para os jovens estudantes brasileiros.
Em 1952 o jornal O GLOBO promoveu o Concurso da
Independência, aberto a todos os colégios do Distrito Federal e do Estado do
Rio de Janeiro. Cada estabelecimento selecionaria 10 alunos para representá-lo
em um grande teste sobre toda matéria de
Geografia e História do Brasil ministrada no Curso Ginasial. Eu estava no 4º.
ano e fui escolhido para compor o time
do Mello e Souza. Nosso colégio foi o
primeiro colocado do Concurso e nosso grupo ganhou uma viagem à Bahia. Aquela
vitória marcou nossas vidas e confirmava
o Mello e Souza como um padrão de qualidade. A premiação contou com a
presença do Ministro da Educação, o baiano Simões Filho. Até então eu só
representava o meu colégio jogando em sua equipe de futebol, pois só no ano
seguinte (1953) comecei a levar o voleibol a sério, quando fui jogar no time
juvenil do Fluminense. O fato é que aquele Concurso foi um grande incentivo
para continuar estudando com grande empenho, o que certamente influiu
fortemente em minha vida profissional.
Imagino que o Worldskillls e os concursos preliminares para
chegar às equipes que representarão o Brasil são – e serão cada vez mais -
fatores determinantes para crescimento do prestígio dos cursos de qualificação
profissional em nosso país.
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