sexta-feira, 14 de agosto de 2015

A ILUSÃO DAS MULTIDÕES

"EFEITO MATILHA" CONTRA O POVO

Milhões de brasileiros estão ansiosos para participar, nas ruas, das manifestações políticas marcadas para domingo, dia 16 de agosto, contra tudo isso que aí está, destruindo e envergonhando nosso país: corrupção, incompetência, incitação à violência, à luta de classes e ao ódio entre diferentes religiões e  etnias.
Muitos que pretendem manifestar-se, porém, ficaram preocupados com as ameaças de luta armada, proferidas publicamente pelos partidários do Governo, em reunião patrocinada pela Presidência da República. Aos brasileiros pacíficos, que os militantes da esquerda radical querem intimidar, inibindo sua presença nos protestos contra nossos péssimos governantes, gostaria de transmitir tranquilidade. Já vivi isso anteriormente e nada há a temer... Teremos manifestações tranquilas e afirmativas.
A turma  que ocupa o poder, em verdade, está é tremendo de medo de perder seus privilégios e tentando, desesperadamente, aproveitar-se do "efeito matilha" de seus militantes,  tão explorado nos meios sindicais, para intimidar os opositores. Ameaçando brandir suas foices e seus martelos contra o povo consciente, que não aguenta mais tanta patifaria, estão mordendo tal qual cachorro medroso. Afinal eles sabem: são menos de 8% e nós somos uma  esmagadora maioria... E mais ainda: a razão está do nosso lado. Domingo, apesar de CUT, MST e similares, vamos nos encontrar em Copacabana e exercer a cidadania pacificamente... 

QUALIFICAR PARA EMPREGAR

O Brasil vive um momento em que o desperdício de recursos é imperdoável e toda economia é bem vinda. Inúmeros projetos governamentais estão, por esse motivo, sendo reduzidos ou até descontinuados, visando o equilíbrio das contas públicas, o qual permitirá a renovação da confiança em nossa economia e a volta dos investimentos produtivos.
Por outro lado, sabe-se que precisamos melhorar urgentemente nossa educação geral e ampliar rapidamente nossa qualificação profissional - esta a responsável última pela empregabilidade da maior parcela de nossa força de trabalho. Com a drástica redução, este ano, das metas de treinamento dos trabalhadores pelo PRONATEC para 1,3 milhões de vagas, a solução é racionalizar e aprimorar o uso das verbas disponíveis. É prioritário termos trabalhadores mais qualificados, aumentando nossa produtividade, o que é essencial, por exemplo, para aproveitarmos a janela de oportunidades das exportações, aberta pela desvalorização do real, que reduz o preço de nossos produtos.
O ponto de partida para otimizar o uso de recursos nas ações de Qualificação Profissional no Brasil consiste em observá-la - e sobre ela atuar - a partir de uma visão sistêmica e de integração entre Educação e Trabalho, dentro de uma perspectiva de desenvolvimento humano do trabalhador e aproveitamento pleno de seu potencial individual, por meio do acesso amplo à educação continuada. Embora o sistema não seja importante “per se” e sim os resultados, estes só poderão ser obtidos na medida em que o sistema de educação continuada seja planejado, esteja bem  estruturado e universalizado, aberto e accessível a todos os brasileiros. Desse modo, o trabalhador  terá oportunidade real, ao longo da vida, de elevar seu perfil de escolaridade e usufruir da capacitação, aperfeiçoamento, especialização e atualização profissional, aumentando sua empregabilidade. Tem-se aqui um caso muito especial, em que se atinge a qualidade através da quantidade, pois se o acesso à educação continuada for seletivo perde-se a possibilidade de aproveitar o imenso potencial de talentos da população trabalhadora brasileira.
A Qualificação Profissional está definida na legislação como o primeiro estádio da Educação Profissional e esta, por seu turno, como integrante do sistema mais amplo da Educação Nacional, concebido e gradualmente estruturado para propiciar acesso a um processo de educação permanente, para todos, durante toda vida. O salto qualitativo que se espera conseguir na Qualificação Profissional está condicionado à sua real integração ao processo de educação continuada no Brasil, oportunamente robustecido por medidas estruturantes, contidas na Lei no. 11.741, de 16 de julho de 2008, que deu nova redação a alguns dispositivos da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) que interessam diretamente à Qualificação Profissional. Assim, seu Artigo 37 estabelece, no § 3o, que a educação de jovens e adultos deverá articular-se, preferencialmente, com a educação profissional. O Artigo 41 enseja que o conhecimento adquirido na educação profissional, inclusive no trabalho, seja objeto de avaliação, reconhecimento e certificação para prosseguimento ou conclusão de estudos.  A nova legislação, portanto, reconhece que o trabalho pode ser uma das muitas formas de educação, um grande avanço conceitual, que abre o sistema de ensino à comunidade trabalhadora em geral e reforça a posição da Qualificação Profissional como complementar ao ensino geral, facilitando assim, efetivamente, a consolidação da educação permanente no Brasil.
 A Qualificação Profissional deve, portanto, ser encarada como um passo importante para o crescimento individual dos trabalhadores brasileiros, aos quais devem ser abertas múltiplas possibilidades de realizar o percurso “educação-trabalho”, nos dois sentidos, tantas vezes quantas sejam necessárias para o aproveitamento pleno de seus potenciais individuais. Alternar anos de atividade produtiva com passagens pelos sistemas educacionais é uma rotina de sucesso nos países desenvolvidos.
 Esse olhar mais abrangente – focado na Qualificação Profissional como parte integrante da educação continuada - é indispensável para o cumprimento de seu papel no processo de desenvolvimento do País e na melhoria da qualidade de vida do trabalhador brasileiro. É imperioso considerá-la e estruturá-la nessa sua verdadeira dimensão sistêmica, de modo a atingir todos os objetivos que idealmente lhe são atribuídos.
 Nesse sentido, ganham especial importância as interfaces entre Educação e Trabalho, da educação profissional com a educação geral e os vários percursos, nos dois sentidos, entre  ensino e ocupação, mediados e facilitados pelos mecanismos de aconselhamento, intermediação de mão de obra e certificação que, em nosso país, precisam ser muito melhorados.  A crise abre essa oportunidade.

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