Roberto Campos estava muito doente à época em que tramitava o pedido de impeachment do
Presidente Fernando Collor. Mas no dia da grande votação, o deputado cumpriu
seu dever: com enorme sacrifício físico, em cadeira de rodas, adentrou o
plenário e sob aplausos retumbantes pronunciou seu voto -
pelo Brasil - a favor do impedimento. Roberto Campos criava assim um “imperativo categórico” para
os congressistas que honram seus mandatos: ir em qualquer circunstância sempre que
o Brasil precisar.
Não há desculpa para quem faltar à votação do impeachment.
Os ausentes estarão perfeitamente identificados em um de dois grupos: (1) ou são a favor dos
governos do PT, de Lula e Dilma – enfim,
disso tudo que aí está - ou (2) foram
cooptados pelo “chefão” no hotel da tulipa dourada. Esta semana mesmo, Roberto Jefferson, em entrevista memorável à
TV, contou que Lula não busca aliados:
quer “prostitutos”, aos quais compra para que obedeçam cegamente.
Em qualquer dos dois casos, esses políticos ausentes devem ser olhados pelos eleitores
como traidores dos interesses do Brasil e de seu povo, como cúmplices do
desgoverno que acoberta a corrupção, malbarata nossos impostos, fomenta a
inflação, amplia o desemprego e agora corta programas sociais, minados pela
disseminação da fraude, usada amplamente como instrumento eleitoral.
Afortunadamente, Roberto Campos sobreviveu àquela doença e
ainda nos brindou com alguns anos de agradável convívio. Comentou comigo, certa
vez, que aquele dia no Congresso foi singular em sua vida pública: ao ser
aplaudido, sentiu-se um político amado, popular. Uma ocasião rara, pois
enquanto Ministro do Planejamento - de
meados de 1964 a março de 1967 – foi permanentemente criticado na imprensa,
pelas medidas de sacrifício que o governo Castello Branco teve que adotar para
remediar o caos estabelecido durante a presidência ruinosa de Jango Goulart.
A situação política e econômica do Brasil antes de 31 de março de 1964 era muito
parecida com a que vivemos hoje: imperavam a baderna, a falta de segurança, o
desemprego dos trabalhadores, o fechamento
das empresas, havia agitação nas ruas e invasões de terras particulares no
campo - todo esse conjunto negativo dentro de uma orquestração de assalto ao
poder pelos comunistas, que pregavam a
sublevação e os motins nas forças armadas e eram apoiados em sindicatos-pelegos
que marchavam desafiadoramente com suas bandeiras vermelhas. Mas o brilhante Governo Castello Branco, do
qual Roberto Campos foi uma espécie de Primeiro-Ministro, colocou o país no
caminho certo e o Brasil em pouco tempo tornou-se a sexta economia do mundo.
Um dia, em uma reunião, eu me queixava da crescente “esquerdização” que acometia a sociedade brasileira,
incentivada pelo governo, orquestrada pelo professorado e os meios acadêmicos e
propagandeada pela mídia e a classe
artística, lançando mão de sofismas, mentiras e reescrevendo a história. Fui interrompido
pelo sábio Roberto Campos. Ele me disse
que não tinha jeito: nos 20 anos
seguintes o Brasil seria governado pelos esquerdistas,que iludiriam o povo, com suas promessas irresistíveis, até que um deles faria
tantas asneiras que arruinaria a economia e sofreria um naufrágio
político definitivo, de graves consequências. Profético, só errou ao nomear o
responsável pelos desmandos, que acabou sendo uma dupla sinistra: Lula-Dilma. Com o PT,
encerrar-se-á esse ciclo trágico da vida nacional.
Minha mãe, portuguesa, costumava recitar-me o provérbio de
sua terra: “não há mal que sempre dure, nem bem que nunca se acabe”. E assim
tem sido. Neste momento vivemos a
expectativa de um futuro governo equilibrado, no qual se possa ter confiança e
sobretudo esperança.
Dia 17 de abril, eu também vou, de verde e amarelo! Vamos todos,
para comemorar a democracia!
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