O PROJETO RONDON deve
ser revigorado urgentemente! Em especial as Operações realizadas na Amazônia! Questão
de segurança nacional!
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Há dias a TV noticiou que o Projeto Rondon estava realizando
a Operação Vale do Acre, com a
participação de universitários daquele
Estado. Fiquei muito satisfeito! Mais um
projeto meritório, sabotado pelos governos anteriores que pode e deve reviver seus melhores dias, em
benefício do nosso povo...
As imagens mostravam o entusiasmo transbordante dos
universitários envolvidos na Operação, uma das características marcantes do
Rondon, nos bons tempos dos anos 70. E geraram muitas esperanças naqueles que
conheceram seus tempos áureos e seus resultados altamente positivos.
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A ideia de criação do Projeto Rondon foi do Professor Wilson
Choeri - um educador brilhante, professor
da UERJ (então UEG – Universidade do Estado da Guanabara) e Diretor do Colégio Pedro
II. Choeri, mui justamente, desejava
homenagear o grande brasileiro que foi o Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon.
Meu sogro, Victor de Miranda Ribeiro, era amigo e admirador
de Rondon e costumava visitá-lo. Seu pai, o cientista Alípio de Miranda
Ribeiro, havia participado da primeira Expedição Rondon, no início do século XX
e fortes laços de família os uniam. Marisa, minha mulher, também teve a honra
de conhecer aquele homem notável, que certamente mereceria o Prêmio Nobel da Paz, pela obra humanitária inerente
a seu trabalho de campo em Mato Grosso e na Bacia Ocidental da Amazônia.
Choeri iniciou seu
Projeto com 30 participantes, alunos e professores voluntários das
Universidades do Rio de Janeiro, os quais
viajaram para prestar serviços à população interiorana de Rondônia durante as férias de julho de 1967.
Movido pelo lema nacionalista “integrar para não entregar”,
o Projeto foi a seguir vinculado ao
Ministério do Interior, cujo titular era o General Albuquerque Lima, da ala nacionalista.
Ali cresceu de importância e abrangência, dando bons frutos para os
universitários e professores participantes, além de beneficiar os munícipes
atendidos pelas diversas ações sociais
realizadas. Aliás, fui representante do MINIPLAN no
¨Grupo de Trabalho do Projeto Rondon que
o vinculou ao Interior (fui designado pelo Aviso no. 501/68 do Ministro do Planejamento).
Findo o período dos Governos Militares houve uma desaceleração
do projeto, muito associado às Forças Armadas. Interrompido em 1989, o Rondon ressurgiu em 2005, já então vinculado ao
Ministério da Defesa, onde hibernou modestamente. É claro que os Governos
esquerdistas não lhe deram os recursos necessários a uma evolução
natural. No atual Governo certamente o Projeto terá maior apoio, de modo
que se pode esperar seu merecido renascimento.
O momento é muito oportuno: recolocará os universitários brasileiros no
campo, em contato com a realidade
nacional e lhes dará uma oportunidade ímpar de contribuir para a melhoria da
qualidade de vida de nossa população carente, nos recônditos do território
brasileiro.
Embora o Governo viva um período em que cortar gastos é
prioridade, creio que algumas medidas podem ajudar no renascimento do projeto.
Para simplificar e baratear sua logística as Operações devem,
sempre que possível, usar os universitários nos Estados em que estudam. Em
todos os Estados existem regiões que permanecem desassistidas em suas
necessidades básicas. A exceção será para as Operações dirigidas à Amazônia, as
quais serão prioritárias e poderão ser realizadas por universitários de todo
país.
Esse foco no Estado em que se localizam os estabelecimentos
de ensino superior pode, inclusive, fazer o Projeto assumir um caráter mais permanente, eliminando
um problema clássico do mesmo: a descontinuidade nas ações em favor das
populações atendidas.
Um exemplo a adotar poderia consistir na formação de equipes
multidisciplinares de universitários que focalizariam um certo Município, com o qual colaborariam ao longo de
todo ano letivo. Essa colaboração seria semipresencial, supervisionada por
professores universitários e faria parte do programa pedagógico da instituição
de ensino superior, valendo créditos, variáveis em função da duração e intensidade
do trabalho realizado pela equipe. Nesse caso o Rondon teria outro impacto, já
agora estimulando a colaboração entre Departamentos Universitários.
De qualquer forma, com ou sem inovações, o Projeto Rondon merece voltar,
para o bem do Brasil!
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