sexta-feira, 23 de agosto de 2019

ELE AMA A AMAZÔNIA? NÃO: ELE MAMA A AMAZÔNIA!


Quando vejo na TV que a floresta portuguesa está pegando fogo, fico triste e ligo para meus parentes em Oliveira de Barreiros e Fonte Arcada, muito preocupado, para saber se estão bem. E lamento as mortes que acontecem às dezenas, nos campos e nas estradas lusitanas.
Quando a Califórnia está em chamas, aí ligo para minha amiga Claudine Torfs, médica e professora aposentada da UCLA, que mora em Berkeley, para saber se sua linda casa não está entre aquelas muitas mansões destruídas pelo fogo.
Para a Espanha não telefono, pois não tenho conhecidos por lá, mas também lamento os incêndios anuais da Galícia. E faria o mesmo se a catástrofe fosse na  França, na Inglaterra  ou na Alemanha, mas nesses lugares não sobraram florestas para arder...
Nos anos 60, 70 e 80, quando eu ia frequentemente a Brasília, nas épocas de seca como agora, meu avião passava por infindáveis nuvens de fumaça, a grande altura, e até dava para sentir o cheiro das queimadas. Fenômeno indesejável, mas repetido todo ano, encarado como natural.
Parece que  2019 é um ano atípico e as fogueiras brasileiras não merecem a solidariedade mundial... Viraram crime! Como as fogueiras da Inquisição na Europa religiosa e pura.  Como aquelas chamas em Rouen, que carbonizaram a Santa Joana d`Arc, entregue pelos franceses colaboracionistas aos ingleses em fúria. 
Ingleses cujos descendentes – talvez – foram aqueles que conseguiram uma façanha inédita, digna do Guiness: exterminar, até o último exemplar (termo talvez usado pelos colonizadores para designar os aborígenes) o povo Tasmaniano.
Franceses colaboracionistas cujos descendentes – talvez –tenham sido aqueles que auxiliaram Hitler na sua empreitada genocida, tentando fazer do povo judeu o que seus eternos rivais do outro lado da Mancha fizeram com os Tasmanianos: exterminá-los!
Mancha, sinônimo de mácula, nódoa, borrão. De qualquer modo indelével ...que os livros de História sempre contarão, incriminando-os eternamente.
2019 é realmente  um ano atípico. Eles têm razão... Agora o Brasil mudou e tem Governo. O fogo consumiu euros e dólares, acabou a mamata, o dinheiro fácil da corrupção, a Amazônia voltou a ser dos brasileiros. E assim será para todo o sempre. Verdejante!
Pena que a Catedral de Notre Dame, consumida pelas labaredas durante o reinado de Macron e  pertinho dos "sapeurs-pompiers" parisienses, não possa ser inteiramente recuperada como a gigantesca e remota Amazônia será. Exatamente como acontece todos os anos...



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