Quando vejo na TV que a floresta portuguesa está pegando
fogo, fico triste e ligo para meus parentes em Oliveira de Barreiros e Fonte
Arcada, muito preocupado, para saber se estão bem. E lamento as mortes que
acontecem às dezenas, nos campos e nas estradas lusitanas.
Quando a Califórnia está em chamas, aí ligo para minha amiga
Claudine Torfs, médica e professora aposentada da UCLA, que mora em Berkeley,
para saber se sua linda casa não está entre aquelas muitas mansões destruídas
pelo fogo.
Para a Espanha não telefono, pois não tenho conhecidos por
lá, mas também lamento os incêndios anuais da Galícia. E faria o mesmo se a
catástrofe fosse na França, na
Inglaterra ou na Alemanha, mas nesses
lugares não sobraram florestas para arder...
Nos anos 60, 70 e 80, quando eu ia frequentemente a
Brasília, nas épocas de seca como agora, meu avião passava por infindáveis nuvens
de fumaça, a grande altura, e até dava para sentir o cheiro das queimadas.
Fenômeno indesejável, mas repetido todo ano, encarado como natural.
Parece que 2019 é um ano atípico e as fogueiras brasileiras não
merecem a solidariedade mundial... Viraram crime! Como as fogueiras da
Inquisição na Europa religiosa e pura. Como aquelas chamas em Rouen, que carbonizaram
a Santa Joana d`Arc, entregue pelos franceses colaboracionistas aos ingleses em
fúria.
Ingleses cujos descendentes – talvez – foram aqueles que
conseguiram uma façanha inédita, digna do Guiness: exterminar, até o último
exemplar (termo talvez usado pelos colonizadores para designar os aborígenes) o
povo Tasmaniano.
Franceses colaboracionistas cujos descendentes – talvez –tenham sido aqueles que auxiliaram Hitler na sua empreitada genocida, tentando fazer
do povo judeu o que seus eternos rivais do outro lado da Mancha fizeram com os
Tasmanianos: exterminá-los!
Mancha, sinônimo de mácula, nódoa, borrão. De qualquer modo indelével
...que os livros de História sempre contarão, incriminando-os eternamente.
2019 é realmente um
ano atípico. Eles têm razão... Agora o Brasil mudou e tem Governo. O fogo consumiu euros e dólares, acabou a mamata, o dinheiro fácil da corrupção, a
Amazônia voltou a ser dos brasileiros. E assim será para todo o sempre.
Verdejante!
Pena que a Catedral de Notre Dame, consumida pelas labaredas durante o reinado de Macron e pertinho dos "sapeurs-pompiers" parisienses, não possa ser inteiramente recuperada como a gigantesca e remota Amazônia será. Exatamente como acontece todos os anos...
Pena que a Catedral de Notre Dame, consumida pelas labaredas durante o reinado de Macron e pertinho dos "sapeurs-pompiers" parisienses, não possa ser inteiramente recuperada como a gigantesca e remota Amazônia será. Exatamente como acontece todos os anos...
Excelente reflexão!!!
ResponderExcluirObrigado.
ResponderExcluirGostei muito !!!!
ResponderExcluirGrato
ExcluirParabéns pelo excelente comentário.
ResponderExcluirGrato
Excluir