Henrique de Navarra nem pestanejou... Para conquistar
o trono francês (como Henrique IV), converteu-se ao catolicismo e justificou-se
aos antigos correligionários huguenotes - que protestavam – berrando-lhes “à
perdre d`haleine”: “PARIS VAUT BIEN UNE
MESSE!"
E tinha razão: Paris sempre valeu – e continua
valendo - não uma, mas um rosário de missas. Até um ateu irreconciliável
renuncia à sua teimosa posição de ceticismo e passa a crer na beleza, na
harmonia e na comunhão dos humanos, ao contemplar a Notre Dame, na Île de la
Cité, ou a Saint Germain des Près ou ainda a Saint Sulpice, no bairro da
estudantada. Efeito, talvez, do “azul Paris”, a cor dos céus só alcançáveis
pelos gênios da pintura que ornamentam o Louvre.
O Terror voltou à “Cité Lumière”, embora sem Danton,
Marat e Robespierre. Os consulados americanos
logo aconselharam a desistir das férias em Paris nos próximos meses, por temer
que a cidade viva um clima de mess – bagunça, na sua língua – em virtude de atentados
recorrentes.
Não têm razão e vão perder “um séjour inoubliable”. Paris
vale até uma eventual MESS!
Marisa, bisneta de uma bela francesa, me disse o
mesmo ao almoço – ninguém resiste aos encantos de uma original moqueca de
camarão bem brasileira! Paris vale, sim,
até uma improvável “mess”...
Ficaremos em Montmartre, aos pés da Sacré Coeur, que
resistiu às bombas nazistas e ainda protegidos pelas intermináveis filas
daquele funicular - que nem os terroristas aguentam. Bem perto da Place du
Tertre e daquele restaurante que parece
uma loja de flores mas serve um “boeuf à
bourguignone fantastique”! Pudicamente bem acima da pecaminosa Pigalle, com seu
Moulin Rouge, que já triturou muitas reputações ilibadas.
Se der tempo, andaremos um pouco mais e
revisitaremos os vitrais de Chartres – que filtraram e multicoloriram os raios
do sol que brilhava no dia da sagração de Henrique IV, o rei-carola (pois assim
são os políticos, camaleões desde sempre).
Só não iremos à Basílica de Saint-Denis, onde o
futuro rei católico abjurou o protestantismo diante do arcebispo de Bourges. Nada de
provocar algum “jihadista” recalcitrante, remanescente da limpeza policial.
Amemos Paris
e não a abandonemos às ameaças dos
terroristas. Afinal, se você é brasileiro, adulto e ainda está vivo, seu “know
how” é inestimável! Lidamos com essa gente cotidianamente e em todos os níveis.
No poder, já os transformamos em piada e em breve vamos tirá-los de lá. Quanto
aos outros, com efeitos letais, sabemos que só acabarão quanto efetivamente - nesta terra abençoada - tivermos GOVERNO!
Excelente!!! Não nos curvemos jamais!!! Paris será sempre Paris !!! Fiquei com vontade de estar lá mais uma vez para viver a mágica e a energia da Cidade-Luz!!!
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