segunda-feira, 17 de outubro de 2016

O PROGRAMA “CRIANÇA FELIZ” É UM ÓTIMO COMEÇO

No início de 2011, em uma reunião na SAE (Secretaria de Assuntos Estratégicos),  perguntaram-me como o Brasil poderia aproximar-se de uma educação básica de qualidade.  Respondi com três ideias:
a) Fazer da escola o centro da comunidade, com todas as implicações, internas e externas, que esse seu papel central haveria de ter;
b) Criar o conceito de “garantia de qualidade” em Educação – garantia que os estabelecimentos e agentes educacionais, públicos e privados, indistintamente, devem ser obrigados a dar a quem utiliza seus serviços;
c) Implantada a educação continuada – que deve acontecer em todos os lugares, para todos, durante toda vida – o lar, e mais especificamente a família, passa a ser o sujeito/objeto privilegiado do processo.  “A exemplo do “médico de família”, devemos instituir de imediato o “professor de família”, que irá aos lares necessitados e atuará sobre todos os seus membros – crianças, adolescentes, adultos e idosos – principalmente orientando-os sobre os caminhos da educação continuada disponíveis localmente, para superar as barreiras do conhecimento.” (Capturado de http://arlindolcorrea.blogspot.com.br/, no blog de 11/02/2011)
Desde então venho insistindo nessa ideia : assistência domiciliar que dará,  aos que já estão no sistema educacional, especialmente no ensino fundamental, um suporte importante para a realização dos trabalhos escolares, apoio que esse aluno geralmente não pode encontrar no seio da sua família - ela também carente no que concerne à escolaridade e necessitada de ajuda externa. Um esforço complementar, pioneiro e inovador, que o Sistema Único de Assistência Social (SUAS) iria aportar ao sistema educacional brasileiro em sua difícil luta em favor da qualidade de ensino.
O “CRIANÇA FELIZ” é um começo promissor para a concretização da ideia do “professor de família”, que é o nome marqueteiro do agente de desenvolvimento humano que vai visitar e auxiliar as famílias mais pobres de nosso país.
O Programa “CRIANÇA FELIZ”, pelo qual trabalhará voluntariamente a Primeira Dama, Marcela Temer, é não só prioritário como também extremamente oportuno nestes tempos de crise.
Até 2018 o programa vai atender 4 milhões de crianças entre 0 e 3 anos, beneficiárias do Bolsa Família e também as que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC). Entre as ações, estão visitas domiciliares de orientação às famílias sobre iniciativas que contribuam para o desenvolvimento dos filhos. Excelente!  O “Criança Feliz” contará com um orçamento de R$ 300 milhões para atender a 600 mil crianças em 2017. Em 2018, o investimento previsto é de R$ 800 milhões. Iniciativa magnífica para romper o ciclo da pobreza. Mais do que isso, essa visitação redundará na orientação a toda família e não só às crianças e seus efeitos serão notáveis.

Minha alegria é dupla, pois além de apreciar a iniciativa, trata-se do embrião de uma ideia que propago há alguns anos.

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