No início de 2011, em uma reunião na SAE (Secretaria de
Assuntos Estratégicos), perguntaram-me
como o Brasil poderia aproximar-se de uma educação básica de qualidade. Respondi com três ideias:
a) Fazer da escola o centro da comunidade, com todas as
implicações, internas e externas, que esse seu papel central haveria de ter;
b) Criar o conceito de “garantia de qualidade” em Educação –
garantia que os estabelecimentos e agentes educacionais, públicos e privados,
indistintamente, devem ser obrigados a dar a quem utiliza seus serviços;
c) Implantada a educação continuada – que deve acontecer em
todos os lugares, para todos, durante toda vida – o lar, e mais especificamente
a família, passa a ser o sujeito/objeto privilegiado do processo. “A exemplo do “médico de família”, devemos
instituir de imediato o “professor de família”, que irá aos lares necessitados
e atuará sobre todos os seus membros – crianças, adolescentes, adultos e idosos
– principalmente orientando-os sobre os caminhos da educação continuada
disponíveis localmente, para superar as barreiras do conhecimento.” (Capturado
de http://arlindolcorrea.blogspot.com.br/,
no blog de 11/02/2011)
Desde então venho insistindo nessa ideia : assistência domiciliar
que dará, aos que já estão no sistema
educacional, especialmente no ensino fundamental, um suporte importante para a
realização dos trabalhos escolares, apoio que esse aluno geralmente não pode
encontrar no seio da sua família - ela também carente no que concerne à
escolaridade e necessitada de ajuda externa. Um esforço complementar, pioneiro
e inovador, que o Sistema Único de Assistência Social (SUAS) iria aportar ao
sistema educacional brasileiro em sua difícil luta em favor da qualidade de
ensino.
O “CRIANÇA FELIZ” é um começo promissor para a concretização
da ideia do “professor de família”, que é o nome marqueteiro do agente de
desenvolvimento humano que vai visitar e auxiliar as famílias mais pobres de
nosso país.
O Programa “CRIANÇA FELIZ”, pelo qual trabalhará
voluntariamente a Primeira Dama, Marcela Temer, é não só prioritário como
também extremamente oportuno nestes tempos de crise.
Até 2018 o programa vai atender 4 milhões de crianças entre
0 e 3 anos, beneficiárias do Bolsa Família e também as que recebem o Benefício
de Prestação Continuada (BPC). Entre as ações, estão visitas domiciliares de
orientação às famílias sobre iniciativas que contribuam para o desenvolvimento
dos filhos. Excelente! O “Criança Feliz”
contará com um orçamento de R$ 300 milhões para atender a 600 mil crianças em
2017. Em 2018, o investimento previsto é de R$ 800 milhões. Iniciativa
magnífica para romper o ciclo da pobreza. Mais do que isso, essa visitação
redundará na orientação a toda família e não só às crianças e seus efeitos
serão notáveis.
Minha alegria é dupla, pois além de apreciar a iniciativa,
trata-se do embrião de uma ideia que propago há alguns anos.
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