sábado, 22 de outubro de 2016

PESQUISAS ELEITORAIS FAJUTAS X DEMOCRACIA

Já se passaram algumas décadas desde o dia em que li, na revista “SCIENTIFIC AMERICAN”, o resultado das investigações científicas sobre a influência das pesquisas de opinião nas eleições respectivas. Os casos abordados referiam-se aos Estados Unidos da América do Norte. As conclusões desses estudos eram  claras e unânimes: a divulgação das pesquisas eleitorais influencia intensamente e pode mudar o voto do cidadão médio. Por extensão, pode-se concluir que pesquisas eleitorais que apresentam resultados errados prejudicam a causa democrática.
Nos  pleitos eleitorais deste ano (2016) e nas últimas eleições presidenciais (2014), muitos dos órgãos de pesquisa cometeram erros flagrantes, seus resultados distanciando-se da realidade muito além das margens de erro aceitáveis. Essas pesquisas podem ter  contribuído para resultados que não retratavam o desejo efetivo dos eleitores.
Nessas alturas, o corolário dos argumentos acima é bem lógico e uma pergunta se impõe: qual o motivo de as autoridades eleitorais brasileiras, até agora, não terem tomado as medidas profiláticas que evitem essas distorções?
Pesquisas eleitorais amplamente erradas, muito acima do tolerável estatisticamente, devem ser coibidas severamente  – e Estatística é uma ciência exata que permite essa aferição.
Uma medida bem simples da Justiça Eleitoral (TSE) pode acabar com essa aberração: órgãos responsáveis por pesquisas flagrantemente erradas sob o prisma estatístico devem ter suspenso o seu direito de realizar pesquisas no pleito seguinte.  Punição que cabe tanto no caso de incompetência quanto no caso mais grave da fraude deliberada.

Com a palavra o TSE. A democracia brasileira agradeceria!

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