Na política suja funciona assim:
1.
o bandido está no poder mas quer mais - ambiciona o poder absoluto;
2.
o bandido corrompe, suborna, chantageia e mente –
faz qualquer negócio;
3.
poder absoluto corrompe absolutamente e o
bandido é descoberto - até pelo povão;
4.
o bandido perde o poder absoluto - vai se
contentar com o que sobrar;
5.
não sobra nada - seus cúmplices também são
repelidos;
6.
fora do poder, a solução é adotar um nome nobre:
resistência!
Para o bandido, a forma de resistência que melhor cabe em
seu caráter é a intriga. Tullius Detritus sai das estórias de Asterix e entra
em cena. Nisso, é craque: em um só tweet consegue intrigar e caluniar até quatro
inimigos.
Mas há vários Tullius Detritus por aí: explícitos no
Congresso, aparelhados no Executivo, embuçados no Judiciário, subvencionados na
grande mídia, nos blogs pagos, nas redes sociais, em todos os cantos...
Logo pela manhã, a mídia suja tenta intrigar Bolsonaro e
Mourão; ontem, provocavam os ciúmes entre os filhos do Presidente;
anteriormente jogaram Lorenzoni contra Guedes; e há muitos outros Chalaças de
plantão.
Espero que os atuais detentores do poder se comportem como
estadistas e não ouçam as intrigas sórdidas da resistência, ostensiva ou
disfarçada de “amigos”. E vou inspirá-los, contando uns fatos históricos que
presenciei de perto.
O Presidente Castello Branco nomeou Roberto Campos seu
Ministro Extraordinário para o Planejamento e Coordenação Geral. Roberto Campos
tinha um papel proeminente no Governo, por força do exercício de sua função de coordenação
geral. Agindo quase como um Primeiro Ministro, logo despertou inveja e os detratores
da Revolução de 1964 viram aí uma oportunidade para a intriga. Que eu saiba, na
única vez que tentaram lançar a cizânia entre os dois, junto ao Presidente
Castello Branco, sua reação foi tal que desencorajou qualquer outra até o fim de seu Governo. Castello Branco era
um ESTADISTA!
Vi de perto, também, as tentativas de lançar Octavio Gouveia
de Bulhões contra Roberto Campos e vice-versa. Fracassadas! Os dois eram grandes
amigos, fizeram uma obra reformista inigualada até os dias correntes. Dois
estadistas!
Anos mais tarde, a imprensa opositora começou a divulgar
insistentemente que o Ministro Chefe da Casa Civil, Golbery do Couto e Silva,
era quem efetivamente mandava no Governo Figueiredo. Foi a preparação da
resistência de então. O talento político e o profundo conhecimento do país
davam ao Ministro Golbery uma natural liderança intelectual nas ações
governamentais e essa atuação foi convenientemente explorada por seus inimigos
junto ao Presidente Figueiredo.
Em outra onda de intrigas, conflitando os Ministros “gastadores” com o guardião das
chaves do cofre – que era o Ministro do Planejamento, Mário Henrique Simonsen –
Tullius Detritus já tinha tido sucesso e Simonsen pediu demissão. Golbery, seu
defensor, não tardou a perder poder e o cargo. Faltou ESTADISTA no Governo,
encerrado melancolicamente.
Espero, para o bem do Brasil, que Bolsonaro, Mourão, Moro,
Guedes, Lorenzoni etc sigam os exemplos
de Castello Branco, Campos e Bulhões.
COMPORTEM-SE COMO VERDADEIROS ESTADISTAS
Excelente texto!!! Lançar a discordia é a arma mais usada para desestabilizar o que quer que seja...
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