terça-feira, 14 de maio de 2019

IRMÃ DULCE: A SANTA DA BAHIA


O Vaticano vai canonizar Irmã Dulce: a santa criatura que dedicou sua vida a ajudar pobres, doentes e sofredores. A amenizar as dores do próximo, esquecendo-se de si própria e de seus achaques – que não eram poucos. A sabedoria milenar da Igreja funcionou à perfeição.
Quem via aquela freira magrinha, de aparência tão frágil, talvez não acreditasse que ali estava um gigante de bondade, capaz de suportar - sem um ai - a sua própria dor e ajudar e consolar seus protegidos, com um sorriso largo e bondoso. Mas a realidade de seus feitos se impunha aos incrédulos de sua fortaleza e Irmã Dulce ia semeando o bem, incansavelmente.
Irmã Dulce foi entusiasta do MOBRAL e sempre que era preciso ajudava nosso trabalho na Bahia, que era coordenado pela Professora Ilka Figueiredo, sua amiga e admiradora fiel. Irmã Dulce recrutava alunos para nossos cursos, conseguia espaços para nossas atividades, mobilizava empresários para ajudar-nos – fazia de um tudo, com a energia de sempre. Tive a honra de conhecê-la pessoalmente, agradecer-lhe a ajuda ao MOBRAL, rir com sua elegante simplicidade, sentir a leveza de sua santidade indisfarçável.
      
Arranquei boas risadas do Ministro da Educação, Eduardo Portela, quando lhe mostrei nossa foto aí de cima com Irmã Dulce (de costas, com sua silhueta facilmente reconhecível), que incluía também o Governador António Carlos Magalhães. Disse-lhe que a foto poderia levar o título de “A Santa e os Pecadores”. Mas que estávamos protegidos e perdoados pela companhia da santa criatura...
Desde sempre acreditei que Irmã Dulce seria beatificada por  sua notável obra de amor.
Fez-se justiça à Santa da Bahia!

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