O Vaticano vai canonizar Irmã Dulce: a santa criatura que
dedicou sua vida a ajudar pobres, doentes e sofredores. A amenizar as dores do próximo,
esquecendo-se de si própria e de seus achaques – que não eram poucos. A
sabedoria milenar da Igreja funcionou à perfeição.
Quem via aquela freira magrinha, de aparência tão frágil, talvez
não acreditasse que ali estava um gigante de bondade, capaz de suportar - sem
um ai - a sua própria dor e ajudar e consolar seus protegidos, com um sorriso
largo e bondoso. Mas a realidade de seus feitos se impunha aos incrédulos de
sua fortaleza e Irmã Dulce ia semeando o bem, incansavelmente.
Irmã Dulce foi entusiasta do MOBRAL e sempre que era preciso
ajudava nosso trabalho na Bahia, que era coordenado pela Professora Ilka
Figueiredo, sua amiga e admiradora fiel. Irmã Dulce recrutava alunos para
nossos cursos, conseguia espaços para nossas atividades, mobilizava empresários
para ajudar-nos – fazia de um tudo, com a energia de sempre. Tive a honra de
conhecê-la pessoalmente, agradecer-lhe a ajuda ao MOBRAL, rir com sua elegante
simplicidade, sentir a leveza de sua santidade indisfarçável.
Arranquei boas risadas do
Ministro da Educação, Eduardo Portela, quando lhe mostrei nossa foto aí de cima
com Irmã Dulce (de costas, com sua silhueta facilmente reconhecível), que
incluía também o Governador António Carlos Magalhães. Disse-lhe que a foto poderia
levar o título de “A Santa e os Pecadores”. Mas que estávamos protegidos e
perdoados pela companhia da santa criatura...
Desde sempre acreditei que Irmã
Dulce seria beatificada por sua notável obra
de amor.
Fez-se justiça à Santa da Bahia!
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