quarta-feira, 16 de outubro de 2019

BRASIL 200 ANOS


Fiz parte do grupo de técnicos  organizadores do IPEA (então EPEA) e lá trabalhei durante sete anos. A Revolução de 1964 encontrou um país devastado pela desordem que os comunistas promoviam, com a finalidade de implantar a "ditadura do proletariado", nos moldes da União Soviética e de Cuba. Derrotados, os desordeiros mais radicais fugiram. Os adesistas menos ostensivos tentaram permanecer em seus cargos e até conseguiam eventualmente, mas não tinham como prejudicar os trabalhos de reconstrução.
Roberto Campos, um liberal extremamente competente, atribuiu ao IPEA a tarefa de elaborar um Plano Decenal que o Presidente Castello Branco, um estadista, legaria a seus sucessores. Um salto para o futuro...
O Governo Bolsonaro ainda está na fase de “apagar incêndios”, já que herdou uma economia repleta de graves problemas e pontos de estrangulamento. Embora a gestão de Michel Temer tenha amenizado alguns aspectos da gigantesca crise, deixada pelos desgovernos do PT, a situação ainda requer cuidados, alguns inclusive  emergenciais. E pior: ainda há milhares de petistas, ostensivos ou enrustidos, em postos de mando, sabotando ou emperrando as medidas corretivas que se fazem necessárias.
Ainda assim, aprovada a Reforma da Previdência (hoje, finalmente!) e encaminhada a Reforma Tributária, o atual Governo ganhará fôlego para maiores voos em favor do desenvolvimento nacional.
Em 7 de setembro de 2022 nossa Independência completará o segundo centenário, data merecedora de uma comemoração inesquecível, a exemplo do que aconteceu em 1922, com a realização, no bairro do Castelo, da Exposição Internacional no Rio de Janeiro, então a Capital do país.
É claro que deveremos ter grandes festividades à época dessa efeméride, bem ao estilo alegre e descontraído de nosso povo. Mas gostaria de arriscar uma sugestão mais introspectiva ao Governo, no campo do planejamento: a fixação de metas para 2022, de grande significação para nosso desenvolvimento econômico e social. E que mostrariam ao mundo o progresso alcançado pelo Brasil, após essa jornada de dois séculos.
Não se trata, no caso, de um exercício de planejamento central, de caráter mandatório, o que fugiria sem dúvida ao ideário do liberalismo econômico, predominante no Governo Bolsonaro. Cuidar-se-ia mais em definir algumas linhas de ação prioritárias que conduzissem a certos resultados – e explicitar estes resultados como metas a perseguir. Claro que contemplando sempre as aspirações da população brasileira, implícitas na manifestação eleitoral que elegeu Jair Bolsonaro para a Presidência do país.


Além de balizar os objetivos permanentes e transitórios da nação e permitir o acompanhamento de seu atingimento, para as eventuais correções de rumo, esse planejamento mostraria ao mundo em que ponto estamos da construção de nossa sociedade. Seria importante, principalmente, para mostrar a inegável pujança do Brasil, um país que está conseguindo assumir a posição de um dos “celeiros do mundo”, ao mesmo tempo em que desfruta da maior biodiversidade do planeta.
BRASIL 200 ANOS!
Assim eu denominaria o documento consubstanciando as metas para nosso 2º. Centenário!

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